Internacional
Escalada da violência na Ucrânia
Durante reunião do Conselho de Segurança, subsecretária-geral Rosemary DiCarlo destacou o aumento de vítimas civis e a destruição em Kharkiv; ela enfatizou a necessidade de cessar ataques e fortalecer apoio humanitário e reconstrução na Ucrânia
O Conselho de Segurança se reuniu nesta terça-feira para debater a situação na Ucrânia, após as negociações da Cúpula da Paz, realizadas no último fim de semana, onde líderes discutiram a estabilidade e segurança no país.
A subsecretária-geral da ONU para Assuntos Políticos, Rosemary DiCarlo, abriu a sessão ressaltando que o encontro aconteceu em meio a escalada da violência e o aumento de vítimas civis.
Impacto nos civis
Ela enumerou os últimos bombardeios, que atingiram especialmente a região de Kharkiv e resultou em mortes e no deslocamento de mais ucranianos. Dados citados por DiCarlo revelam que desde fevereiro de 2022, foram registradas 11.126 mortes e 21.863 pessoas feridas.
A subsecretária-geral enfatizou que os ataques a civis e a infraestrutura civil são proibidos pelo direito internacional e devem cessar imediatamente.
Além das vítimas ucranianas, autoridades russas relataram pelo menos 91 civis mortos e 455 feridos em regiões da Rússia, como Belgorod, Briansk e Kursk, que fazem fronteira com a Ucrânia.
Reconstrução
Sobe os danos à infraestrutura civil, ela destacou o custo de reconstrução e recuperação da Ucrânia foi estimado em US$ 486 bilhões nos próximos 10 anos.
DiCarlo ressaltou a necessidade de apoio contínuo da comunidade internacional, mencionando que o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, está fornecendo acesso estável à energia para mais de 6 milhões de pessoas na Ucrânia.
No entanto, a destruição das instalações de energia antes do próximo inverno permanece uma preocupação significativa. Segundo ela, os ataques reduziram a capacidade de geração de energia da Ucrania em 68%.
Ajuda humanitária
A ONU está trabalhando com autoridades ucranianas para atender às necessidades humanitárias, tendo alcançado mais de 4,4 milhões de pessoas este ano.
No entanto, a resposta humanitária enfrenta desafios de financiamento, tendo recebido apenas 27% do valor necessário, e falta de acesso em regiões ocupadas pela Rússia, onde vivem 1,5 milhão de pessoas.
A subsecretária-geral concluiu destacando que a guerra impactou países além das fronteiras da Ucrânia, exacerbando a insegurança alimentar global e afetando rotas comerciais críticas.
Ela reiterou o apelo à Rússia para permitir o acesso humanitário às áreas sob seu controle e sublinhou a importância de aderir aos princípios da Carta da ONU para alcançar uma paz justa e duradoura na Ucrânia.