Esporte
Gestor do Inter de Santa Rita acusa dirigente da FPF de falsificação
Gil Luna com a presidente da FPF, Michelle Ramalho
Mais uma grande polêmica envolvendo o futebol da Paraíba está em curso, e o desenrolar da celeuma deve virar caso de polícia.
Em uma decisão inesperada, o Internacional de Santa Rita foi excluído da disputa do Campeonato Paraibano Sub-20 com a alegação da FPF que o clube passava por divergências entre a diretoria que administra o clube e o antigo dono, Tassiano Gadelha, ex-treinador e dirigente bastante conhecido do futebol da Paraíba.
De acordo com Tassiano Gadelha, que hoje é Ouvidor da Federação Paraibana de Futebol, algumas cláusulas do contrato de cessão do clube para Gil Luna, que é irmão do ex-meia Almir, que atuou por Flamengo e Botafogo-RJ, e administrador da agência Tallentus, que revela jogadores, não foram cumpridas.
Por sua vez, Gil Luna teceu várias acusações graves contra o antigo dono do Colorado, afirmando que Tassiano falsificou documentos dentro da Federação Paraibana de Futebol para retomar o comando do clube.
– Ele falsificou nossas assinaturas, a minha e a de Wando (presidente legal do clube), e tentou colocar uma ata nova na Federação, tendo em vista que os pagamentos acordados já estavam findando. A Federação não aceitou o pagamento, porém, ele invadiu o sistema onde a gente cadastra os atletas e colocou. A ata que ele registrou no sistema, quando a Federação identificou, não aceitou, porém, também não negou. A gente vem nesse impasse. O cartório já foi notificado porque a ata que ele colocou é totalmente inválida, porque há uma diretoria vigente e não tem edital de convocação, não há nada. Inclusive, ele falsificou assinaturas e a gente vem lutando com a Federação para tentar resolver esse problema. A própria FPF solicitou certidões e comprovações de que nós somos os gestores legais do clube, apresentamos tudo, porém não tivemos sucesso. Queremos agora uma resposta, porque fomos informados que estamos excluídos do Paraibano sub 20, porém nós não fomos notificados pela Federação. O senhor Tassiano Gadelha está espalhando por aí que não recebeu, mas nós temos todos os comprovantes de pagamentos feitos para ele. Todas as tratativas da negociação foram feitas dentro da Federação e na casa de Gustavo Trindade, que é diretor de competições da FPF – afirmou.
Ainda de acordo com Gil Luna, a motivação da retomada de poder do Internacional de Santa Rita por parte de Tassiano Gadelha seria o interesse de nova venda do clube, agora para um grupo de investidores, por um valor próximo dos R$ 80 mil (oitenta mil reais).
– Ele vendeu o sub 20 para um grupo, não sei o valor exato, mas algo em torno de R$ 75 mil (setenta e cinco mil reais). Porém, não podia fazer isso porque o clube não está sob o domínio dele. Nós estamos com um time pronto para estrear. Porém, ele fez isso nas nossas costas. Mesmo recebendo as parcelas, ele foi por trás, colocou a ata e continuou nos cobrando os valores acordados. A gente continuou honrando. Quando a gente veio ver, esse documento já estava na Receita Federal, mas nosso contador observou a tempo e nós conseguimos reverter. O clube hoje está no nosso nome, na Receita Federal, na Junta, no Cartório. A própria Federação está ciente de que toda a documentação do Tassiano é falsa, está ciente de que nós estamos corretos na situação. Nós não temos nada a dever para ninguém – completou.
Por outro lado, na manhã de quarta-feira (26), por meio de nota nas redes sociais do Internacional, foi dada a versão do outro lado da história, que também traz algumas acusações graves.
No comunicado, a intitulada diretoria do Colorado alega que foram descobertas irregularidades que causaram o rompimento do acordo, e que a gestão de Gil Luna havia eleito uma direção com pessoas estranhas ao clube, além de afirmar que os atos foram criminosos.
A Federação Paraibana de Futebol ainda não se manifestou oficialmente sobre a situação.