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Presidente do PT ataca a imprensa brasileira: Um embate feroz nas redes sociais
A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, lançou um ataque contundente contra a imprensa brasileira, usando suas redes sociais como plataforma para expressar seu descontentamento. As críticas se dirigiram principalmente aos editoriais de dois dos maiores veículos de comunicação do país: o Estadão e a Folha de S.Paulo, que recentemente publicaram análises críticas sobre a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em seu perfil na rede social X (antigo Twitter), Gleisi Hoffmann não poupou palavras ao descrever o editorial do Estadão. Com uma retórica agressiva, a deputada federal classificou o veículo como “anacrônico”, “pusilânime” e “revanchista”, acusando-o de estar preso a uma mentalidade obsoleta e incapaz de reconhecer as mudanças no cenário global.
“Anacrônico, porque ainda vive no tempo da Guerra Fria; pusilânime, porque não tem coragem de denunciar o genocídio em Gaza, e revanchista, porque não perdoa a resiliência do campo popular e de esquerda no Brasil,” disparou Gleisi, em um ataque direto ao editorial do jornal, que ela alega ter ofendido o presidente Lula.
A presidente do PT foi além, afirmando que foi Lula quem “recolocou o Brasil no mapa político, econômico e ambiental do planeta, em todos os seus mandatos, apesar do Estadão e outros”. Com essas palavras, Gleisi não só defendeu a liderança de Lula, mas também desafiou a legitimidade das críticas feitas pelo jornal, insinuando que tais editoriais são motivados por uma resistência ideológica contra as políticas progressistas do presidente.
Não satisfeita, Hoffmann também voltou sua artilharia contra a Folha de S.Paulo, que ela acusou de ser uma “mídia mercadista”. Em uma crítica que ecoa o sentimento de revolta de muitos militantes de esquerda, Gleisi sugeriu que a Folha, ao invés de reportar os avanços econômicos sob o governo Lula, estaria interessada em promover uma agenda que favorece apenas a elite econômica.
“Diante dos dados positivos da economia, com mais emprego, salário e renda, a mídia mercadista volta a pressionar por um aumento ainda maior na taxa de juros, mesmo com a inflação nos limites da meta. Afinal de contas, querem que o presidente Lula reduza os salários e faça o desemprego voltar?” questionou Hoffmann, expondo sua indignação com o que vê como uma tentativa de manipulação econômica por parte da imprensa.
Ela ainda foi mais longe ao afirmar que o editorial da Folha de São Paulo insiste “no corte de recursos da saúde, educação e previdência”, sugerindo que, na visão do jornal, “não há lugar para pobre, trabalhador e aposentado” no Brasil, mas apenas para “ricos e especuladores”. Essa acusação revela uma animosidade profunda entre a liderança petista e setores da mídia tradicional, que Hoffmann acredita estarem alinhados com interesses contrários ao bem-estar da população mais vulnerável.
As declarações de Gleisi Hoffmann não são apenas uma defesa apaixonada do presidente Lula; elas também representam um sintoma da polarização extrema que caracteriza o atual cenário político brasileiro. O ataque direto e público a veículos de imprensa consolidados como o Estadão e a Folha de São Paulo evidencia a crescente tensão entre o governo e a mídia, que se acirra à medida que o governo Lula avança com suas políticas sociais e econômicas.
Para os críticos de Hoffmann, suas palavras são um exemplo de intolerância e um esforço para desacreditar a imprensa livre, um pilar essencial da democracia. Por outro lado, seus apoiadores veem suas declarações como uma resposta necessária àquilo que consideram ser um viés da mídia tradicional contra as forças progressistas e populares no Brasil.
O embate entre Gleisi Hoffmann e os veículos de comunicação é mais do que uma simples troca de farpas; é um reflexo da batalha ideológica em curso no Brasil. Com um tom agressivo, carregado de raiva e ódio, a presidente do PT deixa claro que não permitirá que a gestão de Lula seja atacada sem uma defesa à altura. A polarização, ao que tudo indica, seguirá sendo a marca registrada da política brasileira nos próximos anos, com a imprensa e os políticos se confrontando em uma arena pública cada vez mais acirrada.