Segurança Pública
Policiais civis e militares participam de sensibilização sobre Justiça Restaurativa
O Núcleo Estadual de Justiça Restaurativa (Nejure) do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) promoveu uma ação de sensibilização em Justiça Restaurativa dirigida a policiais militares e civis, no município de Juazeirinho. Foi um momento para apresentar o conjunto de princípios e práticas da Justiça Restaurativa na busca pela resolução de conflitos de maneira pacífica e colaborativa.
A sensibilização, ocorrida na quarta-feira (28), foi dirigida pela coordenadora do Centro de Justiça Restaurativa (Cejure), da Comarca de Campina Grande, juíza Ivna Mozart Bezerra Soares, e pelo servidor do Nejure, Raul Alexandre.
A juíza Ivna Mozart reforçou que a programação também envolve o fortalecimento do caráter interinstitucional da atuação do Nejure. “A difusão da cultura da não violência, através da sensibilização das polícias que atuam na Comarca de Juazeirinho, quanto às práticas restaurativas, é uma das ações do Nejure que visam a fortalecer o caráter interinstitucional da atuação do núcleo, tal como preconizado pela Resolução 225/2016 do CNJ”, destacou.
A magistrada acrescentou a importância de manter o diálogo com os vários setores da sociedade, nesse caso, os agentes de segurança pública. “Estreitar o diálogo com os atores dos fenômenos sociais representa um ganho para todos os envolvidos, uma vez que fortalece vínculos, favorece a cooperação e torna as relações mais fluidas e a comunicação mais assertiva. Com isso, os ganhos para a comunidade de uma forma geral são muito expressivos e em todos os âmbitos”, afirmou.
O tenente da Polícia Militar Gilmar Rodrigues de Carvalho ressaltou a importância de eventos que promovam a busca da solução de conflitos por meio do diálogo e da negociação, com a participação ativa da vítima e do seu ofensor. “A importância do encontro realizado reside em nos deixar atualizados, através de uma fonte confiável, sobre mais uma alternativa inovadora que o Judiciário dispõe para mediar e dirimir conflitos, nos casos em que as partes se dispõem a resolver as respectivas demandas cabíveis, movidos pela voluntariedade. Além de ser uma oportunidade de aproximação entre instituições que estão interligadas, e que apenas se encontram no formalismo das audiências”, enfatizou.
A escrivã da Polícia Civil Lithiely Melo de Lima disse que o encontro ajudou a fortalecer ainda mais o olhar sobre o trabalho social que envolve a segurança pública. “Eu não conhecia a Justiça Restaurativa e esse encontro reforçou meu entendimento de que a Polícia Civil não é apenas para reprimir, podemos trabalhar de forma social. Eu fiquei muito feliz em ver que temos outras fontes do Poder preocupadas com isso”, celebrou.