Internacional
Biden pede cessar-fogo em Gaza e defende democracia em discurso de despedida na ONU
Em seu último discurso na Assembleia Geral, presidente americano enfatizou que líderes devem servir ao povo, pediu apoio à Ucrânia e abordou impacto da guerra em Gaza; ele destacou a necessidade de cooperação global para enfrentar desafios como a IA e mudanças climáticas
Em seu último discurso na Assembleia Geral da ONU, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que “algumas coisas são mais importantes do que se manter no poder”.
Lembrando que ele recentemente se afastou da corrida eleitoral para reeleição, Biden acrescentou que defendeu a democracia durante seu mandato e destacou que os líderes devem servir às necessidades povo e não o contrário.
Desafios urgentes
Ele ainda pediu um cessar-fogo em Gaza e pediu apoio à Ucrânia, afirmando estar otimista com a resolução de conflitos globais. Em meio ao aumento da violência no Oriente Médio, com novos ataques de Israel contra o Líbano, ele afirmou que uma guerra ampla na região não é de interesse de ninguém.
Segundo ele, Washington está trabalhando para um cessar-fogo para a guerra de quase um ano em Gaza, durante a qual milhares de civis foram mortos.
Biden acrescentou que civis inocentes em Israel e Gaza “estão passando por um inferno por causa da guerra que o Hamas iniciou em 7 de outubro”. Seguido de aplausos, ele declarou que as partes devem finalizar os “termos e trazer os reféns para casa, aliviarem o sofrimento em Gaza e acabar com essa guerra”.
Para ele, é importante garantir que as forças que mantêm a humanidade unida “sejam mais fortes do que aquelas que nos separam”, disse ele, adicionando que as escolhas feitas hoje “determinarão nosso futuro nas próximas décadas.”
Ele disse que os EUA sempre apoiariam a Ucrânia diante da invasão russa em grande escala e defenderiam a Carta da ONU.
Caminho para o futuro
Biden acrescentou que “as pessoas precisam de mais do que a ausência de guerra”, prometendo o apoio dos EUA aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e às ações climáticas, incluindo estar no caminho certo para reduzir as emissões pela metade até 2030.
Para ele, a ONU precisa se adaptar e trazer novas vozes, expressando apoio à reforma, incluindo a expansão do número de membros do Conselho de Segurança e acrescentando que “é hora de avançar” para acabar com as guerras e o sofrimento.
Entre os desafios, ele avaliou que “não haverá maior teste de liderança do que a forma como lidamos com a IA”. “Os benefícios da IA devem ser aproveitados e é necessário garantir que essa tecnologia seja usada para beneficiar a todos”, afirmou.
Citando o primeiro presidente negro da África do Sul, Nelson Mandela, ele disse que nada é impossível até que seja feito. “Não há nada além de nossa capacidade quando trabalhamos juntos”, disse ele.