Internacional
Enviada da ONU diz que combates reduziram na RD Congo após acordo
No Conselho de Segurança, representante especial do secretário-geral assinala quadro ativo de diálogo na sequência do entendimento de julho entre os chefes da diplomacia da República Democrática do Congo e do Ruanda; papel de Angola no processo é ressaltado como um “investimento proativo de mediação”
O Conselho de Segurança das Nações Unidas debateu nesta segunda-feira a situação na República Democrática do Congo, RD Congo.
No evento, a representante especial do secretário-geral no país, Bintou Keita, falou de uma “redução considerável de combates” entre os envolvidos, citou esforços para abordar a insegurança no leste congolês e aliviar as tensões regionais.
Mediação de Angola
A também chefe da Missão das Nações Unidas na RD Congo, Monusco, disse que o ambiente vivido no terreno segue o anúncio de cessar-fogo assinado em 30 de julho por ministros de Negócios Estrangeiros do país e do Ruanda sob a mediação de Angola.
O entendimento entre as autoridades congolesas e ruandesas em Luanda entrou em vigor desde 4 de agosto e deve ser monitorado pelo Mecanismo de Verificação Ad Hoc estabelecido como parte do processo.
Os dois países também concordaram em operacionalizar um plano para neutralizar o grupo armado Forças Democráticas de Libertação de Ruanda, que está ativo no leste congolês.
Para a representante das Nações Unidas na RD Congo, a paz ainda não foi conquistada, mas ainda existe um quadro ativo de diálogo entre as suas partes.
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Instrumento operacional de apoio
Bintou Keita considera haver um investimento proativo de mediação, mas alertou que sem nenhum esforço para resolver o conflito acompanhado de um instrumento operacional de apoio não se pode esperar uma paz real.
A enviada disse que acompanha o debate no contexto do processo de Luanda, enquanto várias operações e treinamento operacional são oferecidos pela Força da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, Samidrc, às Forças Armadas congolesas.
Contribuições de doadores atingiram US$ 1 bilhão
Bintou Keita falou ainda das eleições que em dezembro levaram a estabelecer a composição de instituições como a Assembleia Nacional, o Senado e o novo Parlamento, com previsão da reabertura neste outono.
O orçamento recentemente adotado pelo Projeto de Lei de Finanças de 2025 é de cerca de US$ 18 bilhões. Keita declarou a disposição das Nações Unidas em apoiar a implementação.
Na vertente humanitária, o apoio dos doadores para assistência ao país até o final do ano atingiu US$ 1 bilhão. Cerca de US$ 2,6 bilhões são necessários para o auxílio aos 8,7 milhões de pessoas mais vulneráveis durante o período.