Governo pode voltar com o horário de verão em novembro de 2024

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, mencionou novamente que o retorno do horário de verão é uma “possibilidade real”, mas que ainda não há decisão tomada. Segundo ele, a definição será feita apenas se o cenário de estiagem no Brasil não melhorar nas próximas semanas.

Em uma entrevista coletiva realizada na última quarta-feira (2), Silveira destacou a situação hídrica alarmante do país, que exige atenção imediata. Ele também sugeriu o uso do saldo da conta bandeira para diminuir o custo da conta de luz para os consumidores.

Retorno do horário de verão: possibilidade real em 2024

O ministro ressaltou que a ideia do retorno do horário de verão visa enfrentar principalmente a crise energética causada pela maior estiagem dos últimos 74 anos. “Nós vivemos a maior crise hídrica dos últimos 74 anos,” afirmou.

Dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) corroboram essa afirmação, mostrando que o volume hídrico atual é o menor desde 1950, quando começaram os registros.

O que envolve a decisão sobre o horário de verão?

A discussão sobre a possível implementação do horário de verão começou no início de setembro, quando o governo começou a avaliar alternativas para economizar energia devido à estiagem.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já recomendou que a volta do horário de verão seja “prudente e viável”, considerando o planejamento energético para os anos de 2025 e 2026.

Por que a volta do horário de verão é polêmica?

A prática do horário de verão foi suspensa em 2019 durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi baseada em estudos sobre economia de energia e os impactos sobre o relógio biológico da população. Desde então, a eficácia e a necessidade do horário de verão têm sido temas recorrentes de debate.

Os pontos levantados contra o horário de verão incluem:

• Projeções de economia de energia que não se concretizaram.
• Impactos negativos no relógio biológico de parte da população.
• Revisões de custos que podem não justificar a implementação.

Por outro lado, os defensores apontam benefícios como:

• Redução no consumo de energia durante os meses de maior demanda.
• Melhoria na segurança pública devido ao aumento de luz natural.
• Benefícios econômicos em setores como turismo e comércio.

Como será a implementação do horário de verão em 2024?

Alexandre Silveira mencionou que, caso a decisão seja tomada, o horário de verão deve ser implementado em novembro de 2024. “O horário de verão é muito transversal e a decisão tem que ser tomada com muita responsabilidade. Mesmo com sinalização positiva da ONS, para a possibilidade de uma possível volta dessa política pública,” frisou o ministro.

Até lá, o governo estará monitorando a situação hídrica do país e avaliando a eficácia de outras medidas para mitigar os efeitos da estiagem.

O retorno do horário de verão em 2024 será um tema de grande relevância para a política energética do país, e as decisões tomadas agora terão impactos significativos em breve.