Internacional
A surpreendente e paradoxal ação da Venezuela em nome do combate ao “fascismo imperialista” no Oriente Médio
A Venezuela inicia nesta segunda-feira, 7 de outubro, uma jornada de captação de suprimentos, alimentos, medicamentos e itens para atendimentos de emergência, que serão enviados para as populações mais necessitadas da Faixa de Gaza e do Líbano, que se encontram atualmente sob ofensiva militar de Israel.
O vice-ministro venezuelano para assuntos ligados à América Latina, Rander Peña, ratificou o chamado feito pelo governo venezuelano, que destinou o salão Salvador Allende, na sede da chancelaria, em Caracas, como centro de acolhimento das doações, que podem ser:
- lençóis,
- colchões,
- cobertores,
- roupas quentes,
- fórmulas infantis,
- soros,
- gazes,
- antibióticos,
- desinfetantes,
- iodo,
- ferramentas para remover detritos, entre outros.
“A solidariedade para com nossos povos irmãos do Meio Oriente é crucial nestes tempos de fascismo imperialista“, diz um escrito publicado nas redes do Ministério de Relações Exteriores da Venezuela. As informações são do portal RT de notícias.
A CRISE VENEZUELANA E SEU PARADOXO
A crise humanitária na Venezuela é conhecida pelo mundo todo. O país sul-americano passa por uma crise humanitária sem precedentes provocada pelo homem.
Sete milhões de pessoas estão carentes de assistência humanitária mínima. Mais de 3 milhões de pessoas – cerca de 10% da população – já fugiram do país – muitas delas pela fronteira brasileira.
O êxodo venezuelano se deve na maioria à instabilidade política, fome, inflação, pobreza, e taxas de criminalidade crescentes.
Segundo a ONG Care, é a maior diáspora da América Latina em cem anos. A maioria dos refugiados fugiu para países vizinhos, incluindo Equador, Peru, Colômbia e Brasil.
A Colômbia recebeu o maior número de refugiados – atualmente há mais de 1,7 milhão de venezuelanos vivendo no país, e estima-se que esse número cresça.