Politíca
Prefeitos e deputado questionam estado de lucidez de procurador da ALPB após acusações polêmicas
Em um episódio que está gerando grande repercussão no cenário político paraibano, as declarações do Procurador Adjunto da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Jeová Campos provocou fortes reações. Jeová, em uma nota oficial, acusou o prefeito de Cajazeiras, José Aldemir, a prefeita eleita Socorro Delfino, o ex-prefeito Carlos Antônio e o deputado estadual Júnior Araújo de serem “bandidos e ladrões”. A resposta dos acusados veio de forma contundente, levantando dúvidas sobre o estado mental do procurador.
As acusações de Jeová Campos, que já foi deputado estadual, incendiaram o debate político na Paraíba. Ao proferir essas graves alegações, o procurador adjunto abriu uma crise com figuras de destaque da política cajazeirense, colocando em xeque sua credibilidade e gerando indignação entre os citados.
Para o ex-prefeito de Cajazeiras, Carlos Antônio, as declarações de Jeová não podem ser levadas a sério, sugerindo que seu estado mental possa estar comprometido. “Jeová não pode ser considerado uma pessoa normal, pois em várias ocasiões seu comportamento não condiz com a lucidez. A sociedade conhece bem o que estou falando”, afirmou Carlos Antônio, sem poupar críticas à sanidade do procurador.
O atual prefeito de Cajazeiras, José Aldemir, também não deixou as acusações passarem em branco. Com uma trajetória política consolidada e uma administração que sempre buscou melhorias para a cidade, Aldemir rebateu Jeová Campos, afirmando que “basta olhar para a história de Jeová como cidadão e como homem público para perceber que ele não serve de referência para ninguém”.
Essa reação de Aldemir mostra a disposição em defender sua honra e a de seu grupo político, além de evidenciar as profundas divergências entre ele e Jeová, que no passado já tiveram outros embates políticos.
Outro alvo das acusações de Jeová Campos foi o deputado estadual Júnior Araújo (PSB), que ocupa o cargo de 1º Secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. Araújo, assim como os outros acusados, reagiu de maneira firme, sugerindo que o procurador estava emocionalmente abalado, possivelmente pela derrota sofrida em sua última empreitada política.
“Jeová deve estar em algum estado emocional instável por conta da derrota. Vamos solicitar providências ao presidente Adriano Galdino, já que ele, como servidor contratado do parlamento, está denegrindo a imagem de um parlamentar eleito. Além disso, não vamos deixar de mover ações civis e criminais para que ele comprove essas acusações graves contra mim e outros integrantes do nosso grupo”, declarou Júnior Araújo, sinalizando que o embate pode tomar contornos judiciais.
As declarações de Jeová Campos, além de ferir a reputação dos envolvidos, também colocam em questão sua posição dentro da ALPB. A depender do andamento do caso e das medidas legais que serão tomadas pelos acusados, o procurador adjunto pode enfrentar sérias consequências, tanto no âmbito profissional quanto no pessoal.
A crise gerada pela polêmica envolve diretamente o presidente da Assembleia, Adriano Galdino, que poderá ser pressionado a intervir. O fato de Jeová ser servidor contratado do parlamento e utilizar sua posição para fazer acusações tão graves criam um precedente perigoso dentro da Casa Legislativa, e as providências prometidas por Júnior Araújo indicam que a questão será levada a sério.
Além disso, o episódio pode reacender rivalidades políticas locais, especialmente em Cajazeiras, onde as eleições sempre foram acirradas. O envolvimento de figuras públicas tão proeminentes como José Aldemir, Socorro Delfino e Carlos Antônio reforça a magnitude das declarações e o impacto que podem ter em futuras disputas eleitorais.
Com a promessa de ações civis e criminais, a polêmica está longe de se encerrar. Os acusados devem exigir que Jeová Campos prove suas afirmações em tribunal, o que pode resultar em uma batalha jurídica que promete atrair ainda mais atenção da mídia e da opinião pública.
Se por um lado Jeová se colocou como um ferrenho opositor do grupo político de Cajazeiras, por outro, os envolvidos têm a oportunidade de se defender e até reverter à situação, caso as acusações se mostrem infundadas. A depender do desfecho, o procurador adjunto poderá ver sua reputação e sua carreira política fortemente abaladas.
A troca de acusações entre Jeová Campos e os líderes políticos de Cajazeiras expõe uma das muitas tensões que permeiam a política paraibana. As graves declarações do procurador adjunto da ALPB podem desencadear uma série de reações, tanto no campo judicial quanto no ambiente político. O fato de nomes importantes estarem envolvidos e o potencial impacto nas futuras eleições fazem deste episódio um marco importante no atual cenário político da Paraíba. Agora, cabe às partes envolvidas e à Justiça esclarecer os fatos e determinar as responsabilidades.