Internacional
Forças de Defesa Israelenses destroem torre e cerca da Unifil
Missão de paz da ONU emitiu nota dizendo que Israel e todas as partes em conflito devem respeitar a inviolabilidade das instalações da ONU; ato foi considerado “violação flagrante” do direito internacional e da resolução 1701 do Conselho de Segurança
Neste domingo, uma escavadeira das Forças de Defesa de Israel, IDF, demoliu deliberadamente uma torre de observação e uma cerca perimetral de uma posição da ONU em Marwahin.
A informação foi divulgada pela Força Interina das Nações Unidas no Líbano, Unifil, que reiterou o pedido às IDF e todas as partes do conflito que respeitem a inviolabilidade das instalações da ONU em todos os momentos.
Parmanência da Unifil em todas as posições
O comunicado enfatizou que violar uma posição da ONU e danificar os bens da organização é uma violação flagrante do direito internacional e da resolução 1701 do Conselho de Segurança.
A Unifil também ressaltou que os atos colocam em perigo a segurança das forças de manutenção da paz, em violação do direito humanitário.
Segundo a nota, as IDF exigiram repetidamente que a Unifil desocupasse suas posições ao longo da Linha Azul e danificaram deliberadamente as instalações da ONU.
De acordo com a Unifil, apesar da pressão, as forças de manutenção da paz irão permanecer em todas as posições e realizando as tarefas quelhe foram atribuídas.
UNRWA
Um ataque aéreo israelense no pátio do hospital Al Aqsa, em Gaza, onde as pessoas procuravam abrigo
Pesadelo no norte de Gaza
Também neste domingo, o coordenador especial das Nações Unidas para o Processo de Paz no Oriente Médio disse que “o pesadelo em Gaza está se intensificando.
Tor Wennesland disse que “cenas horríveis estão se desenrolando no norte da Faixa, em meio a conflitos, ataques implacáveis israelenses e uma crise humanitária cada vez pior”.
Ele afirmou que em Beit Lahia, na noite de sábado, dezenas de pessoas teriam sido mortas em ataques aéreos israelenses.
O coordenador especial condenou os contínuos ataques a civis e pediu o fim da guerra, com a libertação dos reféns detidos pelo Hamas, proteção de civis e ajuda humanitária prestada sem impedimentos.
Wennesland afirmou que o caminho a seguir “exigirá coragem, vontade política e um diálogo renovado, em honra às famílias que sofrem em Gaza e em Israel”.
“Essas atrocidades precisam parar”
A subsecretária-geral para Assuntos Humanitários, Joyce Msuya, afirmou no sábado que no norte de Gaza, os palestinos continuam a passar por “horrores indescritíveis sob o cerco das forças israelenses”.
Ela disse que no campo de refugiados de Jabalia, as pessoas estão presas sob escombros e os socorristas estão impedidos de resgatá-las.
A subsecretária-geral adicionou que milhares de palestinos estão sendo forçados a se deslocar, os suprimentos estão se esgotando e hospitais lotados de pacientes estão sendo atingidos.
Msuya enfatizou que “essas atrocidades precisam parar” e que Israel deve cumprir as ordens provisórias da Corte Internacional de Justiça, CIJ.
Pressão sobre hospitais
Em nota, o coordenador humanitário para o Território Palestino Ocupado, Muhannad Hadi, afirmou que em 8 de outubro, os hospitais de Al Awda e Indonésio, dois dos três hospitais restantes no norte do enclave, foram diretamente atingidos.
Segundo ele, estes ataques estão aprofundando uma crise humanitária já alarmante no norte de Gaza.
Hadi ressaltou que nas últimas duas semanas, as forças israelenses aumentaram a pressão sobre estes hospitais para que fossem evacuados, mas os pacientes não tinham para onde ir.
Ele destacou que pacientes, equipes médicas e pessoas deslocadas ficaram feridas.
No hospital indonésio, dois pacientes morreram devido a um corte de energia e falta de suprimentos. Alguns funcionários médicos tiveram que fugir para salvar suas vidas e a unidade de saúde não está mais operacional.