Segurança Pública
MPF mira general de cadeira de rodas e menciona assédio: recado mais direto seria impossível
Ministério público faz advertência visando o voto dos militares das Forças Armadas
A imagem veiculada pelo Ministério Público federal sobre a influência das Cúpulas das Forças armadas não tem como não ser diretamente ligada à ação dos General Villas Bôas, oficial no último posto das carreiras militares no Exército Brasileiro, ex-comandante da força. A peça publicitária mostra um oficial general de óculos, como muitas medalhas e sentado em uma cadeira de rodas.
O texto do MP diz que assédio eleitoral é proibido e que superiores não podem tentar influenciar nas escolhas políticas de subordinados
“Dentro dos quartéis, a liberdade de voto é um direito fundamental que deve ser protegido. Assédio eleitoral, incluindo pressões para apoiar determinadas candidaturas, é inaceitável e ilegal. Exemplos incluem comandantes que se utilizam sua posição para influenciar as escolhas políticas dos subordinados, seja por meio de pressão direta ou por meio de insinuações.
O MP está comprometido em combater essas práticas, garantindo que todos os membros das Forças Armadas possam votar segundo sua própria consciência. Se enfrentar ou testemunhar tais práticas, entre em contato com o MPMG para reportar o caso. O CNMP, por meio da Comissão Temporária da Defesa da Democracia (CTTD), trabalha para assegurar o direito à liberdade de escolha dos membros das Forças Armadas.” (Texto no Twitter do MPMG)
O General Villas Bôas está na Reserva Remunerada
Embora o texto do Ministério Público não faça menção direta ao general Villas Bôas, a imagem de um oficial general na cadeira de rodas dificilmente deixaria de ser associada ao mesmo. Uma das primeiras repostas colocadas por usuários do Instagram já demonstra que a imagem remete ao oficial general em questão.
Cabe lembrar se um palpite eleitoral ou sugestão de voto em algum candidato advindo desse militar, que possui mais de 1 milhão de seguidores em suas redes sociais, seria ilícito – na medida em que o oficial está na reserva remunerada e a legislação permite que militares na reserva falem sobre política e todos os temas polêmicos, exceto questões sigilosas exclusivas das Forças Armadas.