Segurança Pública
Assalto de brinquedo e realidade Crua: mulher é presa em João Pessoa após roubo com arma de mentira
No mundo do crime, cada história tem seu absurdo. O de ontem, em João Pessoa, é desses que misturam drama e um toque de incredulidade. No bairro do Geisel, uma mulher, em pleno início de tarde, decidiu tentar um assalto usando nada mais que uma arma de brinquedo. Sem mais nem menos, abordou um entregador na Avenida Valdemar Galdino Naziazeno, mirou a arma falsa e exigiu seu celular. Uma cena que, olhando à distância, parece até enredo de filme de humor ácido. Mas a realidade não tem graça.
O que era para ser uma “operação” rápida acabou em fiasco, com a polícia agindo quase instantaneamente. Ao que tudo indica, um transeunte viu a ação, sacou a situação e avisou a polícia na mesma hora. Quando os agentes chegaram, pegaram a mulher em flagrante: o celular ainda nas mãos e a “arma” — um simulacro vagabundo — logo ali, evidenciando que era tudo uma tentativa desesperada e amadora.
Agora, o ponto crucial aqui não é só o crime em si, mas o que levou a isso. Uma mãe, alegando ter uma filha doente, vê no assalto uma saída para levantar dinheiro. Quando foi levada à delegacia, a mulher explicou que o desespero, misturado com a necessidade, empurrou-a para o crime. Resta saber, em um país de tantas desigualdades, até que ponto esse tipo de história é realmente tão atípica.
A vítima, Júlio, o entregador, até entregou o celular sem hesitar — afinal, quem em sã consciência arriscaria reagir? Mas ao perceber que a arma não passava de uma farsa, localizou uma viatura nas redondezas. Em poucos minutos, a mulher já estava sendo conduzida para a delegacia.
Esse tipo de situação, por mais absurda que pareça, expõe o retrato de um Brasil onde o abismo entre o desespero e a criminalidade se estreita para muita gente. Quantas outras histórias existem de gente que, por razões de sobrevivência, opta pelo caminho errado? Não é uma justificativa para o crime, mas é uma realidade que não se pode ignorar.