Internacional
Assassinato de JFK: documentos secretos escondem conspirações, agentes soviéticos e mistérios que a história ainda não conseguiu revelar
Os documentos secretos sobre o assassinato de John F. Kennedy continuam sendo um enigma, e isso não é surpresa. Depois de tanto tempo, as especulações sobre o que realmente aconteceu em Dallas, no fatídico dia 22 de novembro de 1963, continuam alimentando discussões acaloradas. A cada arquivo que surge, uma nova camada de mistério se adiciona a uma das maiores tragédias políticas da história americana.
A maioria dessas informações está guardada a sete chaves pela CIA e FBI, e até mesmo após a queda da União Soviética e o fim da Guerra Fria, ainda assim muitas partes do caso foram mantidas longe do público. Desde 1992, uma lei foi criada para liberar os documentos relacionados ao assassinato de JFK, mas o que foi revelado até agora parece apenas aumentar as dúvidas, ao invés de resolver o caso. Um exemplo clássico: as viagens de Lee Harvey Oswald, o acusado de matar o presidente, ao México. Ele foi até a embaixada cubana e a soviética, o que gera teorias e mais teorias sobre um possível envolvimento de outros países na morte de Kennedy. Será que ele estava tentando escapar ou, quem sabe, coordenar o ato com algum governo estrangeiro? As respostas ainda são incertas.
Com o passar dos anos, outras atualizações, como as de 2017, trouxeram novos detalhes, mas o mistério só cresce. Entre os documentos liberados, está a suspeita de que a CIA não acreditava na versão de Yuri Nosenko, ex-agente da KGB, que alegava que a União Soviética não teria tentado recrutar Oswald durante seu tempo na URSS. Para agravar ainda mais as coisas, surgem registros internos da CIA discutindo a possibilidade de uma conspiração envolvendo o governo cubano, com até mesmo planos para assassinar Fidel Castro. Isso fez alguns teóricos sugerirem que, de alguma forma, Cuba poderia estar envolvida na morte de JFK.
Mas o que chama atenção é que, mesmo com o volume considerável de documentos já liberados, muitos outros ainda estão retidos. Estima-se que cerca de 22.933 documentos completos, totalizando mais de 440.000 páginas, continuam escondidos, alguns parcialmente censurados, outros inacessíveis. Como lidar com isso? A liberação total de arquivos é defendida por quem acredita que a transparência total é essencial para esclarecer o que realmente aconteceu naquela fatídica sexta-feira. Afinal, se o caso não fosse cercado de sigilo, o que teria sido revelado até agora? E qual a real razão para tanto segredo?
A verdade é que, mesmo que os documentos venham a público, a resposta sobre o assassinato de Kennedy pode nunca ser totalmente clara. O que temos, no fim das contas, é um cenário com mais perguntas do que respostas, onde a curiosidade sobre o que foi guardado ainda é maior que as revelações feitas.