Internacional
Conselho de Segurança não adota resolução exigindo cessar-fogo imediato em Gaza
Estados Unidos vetaram proposta feita por grupo de 10 membros não permanentes do órgão; texto que teve 14 votos favoráveis ressaltava que interrupção deveria ser incondicional e permanente
O Conselho de Segurança não adotou nesta quarta-feira uma resolução exigindo um cessar-fogo imediato, incondicional e permanente a ser respeitado por todas as partes na Faixa de Gaza.
O documento que não passou devido ao veto dos Estados Unidos obteve 14 votos a favor. O rascunho reiterava a exigência do órgão de “libertação imediata e incondicional” de todos os reféns.
Acesso imediato a serviços básicos
O texto rejeitava “qualquer esforço para matar os palestinos de fome”, exigia o acesso imediato a serviços básicos e assistência humanitária para os civis em Gaza, e a facilitação da entrada de ajuda em grande escala, incluindo “no norte sitiado de Gaza”.
Proposta de resolução enfatizava a necessidade de proteção dos civis
A proposta sublinhava ainda que a Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, “continua a ser a espinha dorsal” da resposta humanitária em Gaza.
Um apelo feito a todas as partes pedia que permitissem a execução do mandato da agência, evidenciando o esforço da Unrwa em implementar as recomendações de uma revisão independente para avaliar a adesão aos princípios de neutralidade.
A proposta de resolução enfatizava a necessidade de proteção dos civis, “especialmente mulheres e crianças, e pessoas fora de combate”, deplorando ataques a populações e bens civis, bem como toda a violência e atos de terrorismo.
Implementação da resolução
O documento solicitava que uma avaliação por escrito do secretário-geral sobre a implementação da resolução fosse apresentada em três semanas. Por outro lado, pedia um relatório do líder das Nações Unidas no prazo de 90 dias.
Proposta de informe incluiria uma avaliação das necessidades de curto, médio e longo prazos
O informe incluiria uma avaliação das necessidades de curto, médio e longo prazos para Gaza, uma análise dos efeitos humanitários, sociais e econômicos da guerra e uma visão geral da atuação do Sistema da ONU em Gaza.
O secretário-geral deveria ainda fazer recomendações sobre como fortalecer a coordenação entre as partes.
A proposta foi submetida pelos 10 membros não permanentes do órgão nomeadamente Argélia, Equador, Guiana, Japão, Malta, Moçambique, Coreia do Sul, Serra Leoa, Eslovénia e Suíça.