Nacional
Nikolas sobre indiciamento de Bolsonaro: “Que golpe é esse?”
Deputado mineiro fez um vídeo de 12 minutos defendendo o ex-presidente, acusado pela PF de tentativa de golpe de Estado
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) criticou o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nessa quinta-feira (21/11), apontando para uma série de supostas relações indevidas entre membros do Supremo Tribunal Federal e o atual governo do presidente Luiz Inácio da Silva (PT). “Que golpe é esse?”, questiona o deputado.
Em um vídeo de 12 minutos, o deputado mineiro abre com o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Benedito Gonçalves sussurrando para o então presidente da Corte, Alexandre de Moraes: “Missão dada é missão cumprida”. Gonçalves foi relator do processo da Inelegibilidade de Bolsonaro. “Ninguém vai explicar o que é a missão e o que foi cumprido?”, pergunta Nikolas Ferreira.
O parlamentar segue lembrando que Moraes, relator do inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado, é citado como vítima do próprio processo. “Ele é vítima, réu, promotor, advogado e juiz. Tudo ao mesmo tempo”, disse.
Nikolas também cita a relação de Moraes com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com uma matéria do portal iG que mostra o magistrado fazendo campanha para o senador ser eleito para o comando da Casa. “Quando a gente normalizou isso? Um juiz saindo do seu ofício para entrar em contato com senadores e pedir voto”, emenda o deputado, citando ainda reuniões de Moraes e outros ministros do STF com Lula.
O deputado mineiro segue o vídeo afirmando que Bolsonaro sofre com discursos de ódio e lembrando do episódio da facada na campanha de 2018. “Eles querem prendê-lo por um golpe de Estado? Me parece que a esquerda quer colocar Bolsonaro e Lula no mesmo pé de igualdade. Lula foi preso por corrupção, mas Bolsonaro também foi por golpe de Estado”, observou Nikolas.
O ex-presidente e outras 36 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal por três crimes: abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, e organização criminosa. Somados, os crimes podem resultar em 28 anos de prisão.