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Braga Netto nega que planejava trair Bolsonaro e frisa lealdade
Ex-chefe da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL) e vice de chapa do ex-presidente nas eleições de 2022, o general da reserva do Exército Walter Braga Natto comentou as acusações de que havia planos para realizar um “golpe dentro do golpe”. De acordo com ele, a ideia de que ele e os demais militares planejavam destituir Bolsonaro após um golpe de Estado é “fantasiosa e absurda”.
– Nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assassinar alguém. Agora parte da imprensa surge com essa tese fantasiosa e absurda de “golpe dentro do golpe”. Haja criatividade… – declarou ele neste sábado (23), em uma publicação na qual exibe um comunicado à imprensa.
No texto, os advogados de defesa do militar afirmam que ele sempre “primou pela correção ética e moral na busca de soluções legais e constitucionais”. Também destacam a sua lealdade ao líder conservador.
– Durante o governo passado [Braga Netto] foi um dos poucos, entre civis e militares, que manteve a lealdade ao presidente Bolsonaro até o final do governo, em dezembro de 2022, e a mantém até os dias atuais, por crença nos mesmos valores e princípios inegociáveis.
A equipe afirma crer que “a observância dos ritos do devido processo legal elucidarão a verdade dos fatos e as responsabilidades de cada ente envolvido nos referidos inquéritos, por suas ações e omissões”.
O texto finaliza descrevendo como vital questionar a “quem interessa esse tipo de ilação e suposição fora do contexto do inquérito legal, que ainda não foi disponibilizado oficialmente para as defesas dos interessados”.
A tese de que havia planos para a retirada do líder de direita do poder foi propagada por fontes da Polícia Federal à jornalista Andréia Sadi, da GloboNews.
– A investigação achou documentos com indícios de que os militares que planejavam a morte desses personagens [Lula, Alckmin e Moraes] previam criar um gabinete de crise com os generais Braga Netto e Augusto Heleno no comando – declarou a comunicadora.
Braga Netto foi indiciado na última quinta-feira (21) junto com outras 37 pessoas, incluindo Bolsonaro. Eles são acusados de suposta abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.