Judiciário
Justiça agenda audiência em ação criminal que apura propina ao ex-padre Egídio em compra de apartamento em SP
O ex-padre Egídio é réu em diversas ações criminais sob acusação do Gaeco de desvios milionários de recursos destinados à manutenção do Hospital Padre Zé.
Em uma das dessas ações a juíza Shirley Abrantes Moreira Régis, da 4ª criminal da Capital, designou a audiência de instrução e julgamento para o próximo dia 29 de janeiro às 8h30, na qual serão ouvidas as testemunhas e os réus.
Nesta investigação o Gaeco/MPPB apurou que empresa de alimentação passou propina ao ex-padre Egídio mediante transferência de valores para a conta de uma construtora dona de um prédio em São Paulo, onde o Egídio de Carvalho Neto, tinha dois apartamentos.
“As empresas, ao passo que eram presenteadas com valores acima dos efetivamente fornecidos (aquilo que pelo que deveriam receber), devolviam montantes seja em espécie, transferências bancárias, entrega/custeio de produtos caros, pagamentos de itens adquiridos por EGIDIO NETO, dentre tantas outras formas de contraprestação ao gerente da ORCRIM. EGIDIO DE CARVALHO NETO montou uma estrutura criminosa enraizada no HOSPITAL PADRE ZÉ/INSTITUTO SÃO JOSÉ onde centralizou o poder de modo a se beneficiar de um sem-número de condutas perdulárias objetivando seu enriquecimento e aumento exponencial de patrimônio, alcançando – no mínimo – 32 imóveis, carros de luxo de elevado valor, joias e acessórios caros, obras de arte etc”, diz a denúncia.
“Tais devoluções eram (majoritariamente) feitas de modo pessoal na sede do Hospital Padre Zé – conforme se comprovou claramente por meio dos produtos das medidas cautelares judicialmente deferidas -, oportunidade na qual o gestor da ORCRIM determinava a sua pulverização, seja para pagar/comprar bens para seu deleite, seja para honrar pagamentos de propinas a outros integrantes da empresa criminosa, seja para ser transferido para suas contas pessoais ou de outros fornecedores de bens/serviços adquiridos por EGIDIO NETO”, continua a denúncia do Gaeco.
“Importante registrar que a GATTAZ ENGENHARIA LTDA e a ALKHAIR ADMINISTRACAO DE IMOVEIS LTDA (são as sociedades responsáveis pelo projeto e venda, respectivamente, do RESIDENCIAL ATELIER BELA CINTRA, localizado na cidade de São Paulo, no qual EGIDIO DE CARVALHO NETO é proprietário de 02 (duas)
unidades. A DISTRIBUIDORA DE ALIMENTOS SAO SEBASTIAO LTDA. efetuou duas transferências ao sócio da construtora, totalizando R$ 397.700,00 (trezentos e noventa e sete mil e setecentos reais)”, revela a denúncia do Gaeco.
Os réus nesta ação são : Egídio de Carvalho Neto, Amanda Duarte Silva Dantas, Kildenn Tadeu Morais de Lucena, Sebastião Nunes de Lucena, Sebastião Nunes de Lucena Júnior, Mariana Inês de Lucena Mamede e Maria Cassilva da Silva.