Politíca
Azevedo, Cássio e Veneziano: as alianças improváveis pela vaga no Senado em 2026
Por Roberto Tomé
A eleição para o Senado de 2026 na Paraíba, apesar de ainda distante, já está sendo moldada por movimentações políticas. Recentemente, a pesquisa Data Ranking trouxe números que começam a dar contornos ao cenário. O governador João Azevedo aparece na liderança com 39,5%, seguido de Cássio Cunha Lima, ex-senador, com 27,4%. Ainda falta muito tempo, mas já dá para sentir que a briga será boa. Vejamos o que vem por aí.
Azevedo, com seu governo bem avaliado, parece estar cada vez mais decidido a alçar voos maiores. O cara tem a aprovação da população, e isso não é de graça. Sua gestão, até o momento, é vista positivamente, e ele parece estar pronto para conquistar uma vaga no Senado. O governo vai bem, o eleitorado parece estar satisfeito, e as perspectivas para uma candidatura forte são altas. No fundo, ele já está criando raízes para esse novo desafio, jogando a carta de “o governador que deu certo” para, quem sabe, desbancar adversários de peso.
E quem é esse “adversário de peso”? Pois é, Cássio. O cara é um nome ainda muito relevante, mas o ex-senador já disse que não entrará na briga. No entanto, ele não está abandonando a política de vez. Pelo contrário, ele tem uma base fiel, embora um pouco reduzida, e se ele mudar de ideia, quem sabe essa base se transforme em votos. Tem quem acredite que a palavra dele tem peso. Mas Cássio, ao que tudo indica, não está nessa para ser o principal nome. Seu foco, agora, é apoiar a reeleição do senador Veneziano Vital do Rego. E isso não é pouca coisa. Essa aliança é estratégica, ainda mais em Campina Grande, cidade que tem grande influência no estado. Parece que Cássio usará seu peso para ajudar outro nome da política local a decolar.
O mais interessante da pesquisa, porém, é o que ela não diz de forma tão clara: a grande quantidade de indecisos. Eles estão lá, 50,7% da população. Metade dos eleitores ainda não sabe em quem votar. Isso é um prato cheio para quem continua pensando em entrar na disputa. Com o tempo, esses números vão mudar. Quem não está com uma opção definida agora pode facilmente pender para um lado ou outro. É só questão de saber como os candidatos vão trabalhar isso.
Falando em candidatos, a senadora Daniela Ribeiro não parece estar com tudo tão alinhado. O levantamento da pesquisa aponta dificuldades para ela garantir sua reeleição. Isso não é surpresa para quem acompanha os bastidores. A política da Paraíba tem se movimentado de formas inesperadas, e Daniela, por mais que tenha uma base, não está conseguindo se destacar de maneira sólida nesse cenário de 2026. No mesmo barco, o pastor Sérgio Queiroz surge com apenas 8,1% nas intenções de voto. Ele até tem uma base significativa na capital, mas não tem mostrado força suficiente para expandir seus votos.
O que nos resta, então, é acompanhar o desenrolar dessa história. Com tanta indefinição, o jogo está aberto. Para quem quiser se destacar é preciso movimentar muito mais as peças. Azevedo e Veneziano estão na frente, mas, com tantos indecisos e com novas alianças políticas surgindo, o jogo continua longe de estar ganho. Quem se preparar melhor será quem brigará pelas vagas. E isso inclui Cássio, que, se mudar de ideia, pode ser uma verdadeira surpresa na eleição.