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Lula suspende recursos e paralisa obras viárias na Paraíba
Lula decidiu apertar o freio em mais de R$ 11 milhões que estavam destinados a obras importantes em rodovias da Paraíba. A decisão saiu no Diário Oficial, via Ministério do Planejamento, e já acendeu o sinal vermelho entre líderes locais e a população. O que está na linha de tiro? A triplicação da BR-230, de Cabedelo a Oitizeiro, e a duplicação de trechos em Campina Grande. Projetos que não só ajudariam na mobilidade como trariam um gás para o desenvolvimento regional.
Essas obras já vinham patinando, com atrasos que viraram rotinas, mas agora a suspensão dos recursos joga uma pá de incerteza sobre a continuidade. Sem esse dinheiro, o trânsito fica caótico, a economia perde fôlego e o impacto se espalha como dominó, atingindo produção, empregos e até a paciência dos motoristas. Especialistas e políticos reclamam que falta estratégia de longo prazo para concluir essas melhorias.
Do total cortado, R$ 8,4 milhões iriam para melhorar trechos rodoviários em Campina Grande e Patos, regiões que vivem implorando por uma infraestrutura decente. A BR-230, que começou a ser triplicada em 2017, perdeu R$ 3,1 milhões, o que só piora um cronograma já arrastado. E tem mais: a BR-104, que faz a ligação com Pernambuco, sofreu um corte simbólico de R$ 21 mil, mas que ainda assim agrava sua situação precária.
Essas estradas são verdadeiros gargalos logísticos. Sem elas, escoar produção vira um pesadelo e a integração regional parece um sonho distante. Além disso, lideranças locais alertam que a paralisação ameaça até a segurança de quem dirige por essas vias, com buracos, falta de sinalização e congestionamentos que são verdadeiras armadilhas.
O governo justificou os cortes dizendo que o dinheiro vai para programas sociais “urgentes”. Entre as prioridades estão o reforço no Bolsa Família, cozinhas comunitárias e distribuição de cestas básicas. Tudo isso para enfrentar a insegurança alimentar que assombra o país. Parece nobre, mas é uma faca de dois gumes.
Muita gente concorda que ações sociais são essenciais, mas será que precisam ser feitas à custa de obras estruturais? Estradas em péssimo estado não ajudam ninguém, nem no transporte de alimentos, nem no crescimento econômico. É como cobrir um buraco e abrir outro. Alguns parlamentares defendem que deveria haver equilíbrio: dá para ajudar quem precisa sem abandonar projetos que garantem desenvolvimento a longo prazo.
A decisão virou polêmica entre os políticos da Paraíba. Muitos deles apontaram o dedo para o governo, dizendo que esses cortes podem travar o estado. Líderes do setor produtivo também não esconderam o descontentamento, destacando que sem infraestrutura adequada, a economia regional fica sufocada.
Enquanto isso, quem mora na região vive a incerteza. Não há prazos claros para retomada das obras e a falta de transparência só aumenta a frustração. O que se cobra do governo é planejamento de verdade, não improviso. Sem isso, tanto os programas sociais quanto as obras viárias acabam se tornando vítimas de um jogo político que só atrasa o progresso da Paraíba.