Internacional
ONU e União Africana esperam progressos tangíveis no Sudão do Sul em 2025
Presidente sul-sudanês Salva Kiir promete que país não voltará à guerra; produção de consensos e inclusão de grupos resistentes no processo de paz é crucial para nação que organiza eleições em 2026
As Missões da ONU e da União Africana no Sudão do Sul, Unmiss e Aumiss, reconhecem os progressos alcançados pelos signatários do Acordo Revitalizado sobre a Resolução do Conflito este ano e esperam que 2025 traga a implementação efetiva do tratado.
Em comunicado conjunto, que inclui a Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento, Igad, as entidades instam as partes a priorizarem as restantes tarefas necessárias para a implementação do Acordo após o cessar-fogo sustentado.
Elaboração da Constituição
Outra recomendação é a conclusão imediata do destacamento das restantes Forças Unificadas e disposições de segurança transitórias mais amplas.
O documento elogia o início do planeamento, divulgação e o trabalho iniciado pelas entidades eleitorais e a elaboração da Constituição.
Contudo, os atrasos no processo de transição que levaram a mais um prolongamento em setembro passado, é motivo de preocupação.
O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, procurou assistência de William Ruto presidente do Quénia, na mediação com grupos rrebeldes e que conduziu à Iniciativa Tumaini. Esse foi um passo que buscou garantir de que será a última prorrogação e que o país não voltará à guerra.
Uma criança carrega galões vazios para encher com água de uma torneira próxima que fornece água não tratada do rio Nilo, em Juba, no Sudão do Sul.
Consenso, inclusão e colegialidade
As três organizações ressaltaram o empenho do presidente do Sudão do Sul e mostraram-se encorajadas pela pela promessa. ONU, União Africana e Igad querem que as negociações de acompanhamento produzam consenso e incluam os grupos resistentes no processo de paz.
O texto destaca que o governo deve aproveitar a oportunidade apresentada por este período alargado para abordar rapidamente os parâmetros de referência pendentes.
O documento encoraja as partes a prosseguirem com urgência, consenso, inclusão e colegialidade para estender o acordo.
Comunidade internacional e emergências
A ideia é que o Sudão do Sul demonstre total empenho na conclusão das tarefas críticas de transição para manter a confiança e o apoio da comunidade internacional, dada a sua preocupação com emergências concorrentes em todo o mundo.
O comunicado defende uma educação cívica alargada e o envolvimento com as partes interessadas, incluindo os partidos políticos, a sociedade civil, os media e a comunidade, nos desafios da implementação da paz.
O texto salienta ser crucial a clareza no início do novo ano para permitir um planeamento realista para as próximas eleições, marcadas para 2026.
As organizações reiteram apoio contínuo ao povo do Sudão do Sul enquanto trabalham para obter progressos tangíveis no processo de paz e eleições credíveis.