CIDADE
João Pessoa e Campina Grande mantém liderança na gestão do território estadual
Patos, Sousa, Cajazeiras e Guarabira também se destacam, só que com menor grau de centralidade

Em 2024, apenas seis municípios paraibanos foram classificados como” Capital Regional A – Integrante de Arranjo Populacional” : João Pessoa, com maior grau de centralidade, seguido por Bayeux , Santa Rita , Cabedelo, Lucena e Conde. Essa categoria indica grande influência na organização do território estadual, pois essas cidades desempenham papel fundamental na oferta de serviços administrativos, comerciais e educacionais entre si e para outros municípios menores. A cidade de Campina Grande foi definida como “Capital Regional C – Integrante de Arranjo Populacional”, sendo a que possui o maior grau de centralidade desse grupo, que inclui os municípios de Lagoa Seca, Massaranduba, Puxinanã e Queimadas, que orbitam economicamente e administrativamente ao redor de Campina Grande, enquanto os municípios vizinhos fornecem alimentos, mão de obra e/ou serviços para Campina Grande.

Essas informações fazem parte da pesquisa Gestão do Território 2024, divulgada hoje (26/3), que identifica os Centros de Gestão existentes no universo dos 5.570 municípios do país. O estudo traz aspectos sobre a Gestão Empresarial, com enfoque para os municípios com atividades empresariais que atuam de forma articulada a outros municípios; e aspectos sobre a Gestão Pública, identificando as redes hierárquicas de gestão de uma série de instituições públicas com unidades descentralizadas, em níveis federal e estadual. O levantamento traçou um panorama detalhado da área urbana e da gestão territorial, evidenciando o papel estratégico de determinados municípios na organização do espaço e na oferta de serviços públicos. Para tanto, estes cinco principais níveis hierárquicos: Metrópoles, Capitais Regionais, Centros Sub-Regionais, Centros de Zona e Centros Locais. A pesquisa evidencia que a influência de alguns municípios sobre os outros não se distribui de maneira uniforme pelo estado, resultando em áreas com mais intensidade e outras com menos intensidade nessas inter-relações. A cidade de Patos, por exemplo, tem um grau de centralidade empresarial e administrativa menor do que João Pessoa e Campina Grande, sendo características como “Centro Sub-Regional A – Integrante de Arranjo Populacional”, tendo uma população superior a 100 mil habitantes e importantes instituições públicas e privadas. Ela compartilha essa classificação com Quixaba, uma cidade menor, mas que mantém laços econômicos e sociais com Patos, reforçando suas ligações entre si. O estudo contatou ainda que em um nível inferior de centralidade, Cajazeiras ficou classificada como “Centro Sub-Regional A” e Souza como “Centro Sub-Regional B”. Ressalte-se que Guarabira também é definida como “Centro Sub-Regional B”, sendo que integrante do Arranjo Populacional com o município de Piõezinhos.
Gestão empresarial cresce, mas ainda há desigualdades – Outro aspecto investigado pelo estudo foi a evolução da gestão empresarial nos municípios entre 2011 e a média entre 2020 e 2021. Os números indicam um crescimento na quantidade de unidades empresariais em diversos municípios, reforçando a tendência de expansão econômica. Os avanços foram registrados nas maiores João Pessoa, onde o número de unidades empresariais aumentou 32,2% (passou de 2.545 para 3.364,5, respectivamente), e em Campina Grande, que cresceu 44,2% no mesmo período (1.083).parágrafo 1.562 unidades). O crescimento também foi oferecido em cidades menores, como, por exemplo, em Água Brancae Aguiar, municípios que passaram de 8 para 14e de 7 para 9 unidades empresariais, respectivamente. Apesar desse crescimento, municípios classificados como “Centro Local”, como Água Branca e Aguiar ainda apresentam um baixo número de unidades empresariais, o que pode impactar diretamente na geração de empregos e na oferta de serviços locais.