Internacional
Relatório mostra que China está expandindo campos de detenção para uigures
De acordo com o jornal Daily Caller, o governo chinês está construindo novos campos de detenção mais seguros para os muçulmanos uigures em Xinjiang. As informações são do novo relatório do Australian Strategic Policy Institute (ASPI).
Pelo menos 61 locais de detenção viram novas construções ou expansões desde julho de 2019, e pelo menos 14 instalações ainda estão em construção, de acordo com o relatório da ASPI.
Cerca de metade das novas instalações são de “alta segurança”, afirma a ASPI. O instituto também descobriu que muitas das instalações de baixa segurança estão sendo reduzidas ou potencialmente desativadas.
O relatório da ASPI teoriza que a redução do tamanho das instalações de baixa segurança pode ser um sinal de que mais detidos estão sendo transferidos para campos de alto nível sob acusações mais graves.
“Embora não seja conclusivo, isso se encaixa com relatos e testemunhos de sobreviventes que sugerem que um número significativo de detidos que não mostraram progresso satisfatório em campos de doutrinação política foram transferidos para instalações de maior segurança”, afirma.
Essas descobertas contradizem as afirmações do Partido Comunista Chinês (PCCh) de que eles vêm reduzindo seu sistema de “reeducação”, relata a BBC.
Em resposta à divulgação de suas conclusões pela ASPI, Pequim proibiu dois de seus acadêmicos de entrar no país, de acordo com a mídia estatal chinesa.
O PCCh afirmou que está simplesmente executando um “programa de reeducação” para reduzir a pobreza e o extremismo religioso em Xinjiang e arredores, de acordo com a BBC.
Alternativamente, alguns oficiais americanos como o secretário adjunto de Segurança Interna Ken Cuccinelli chamaram as instalações de “campos de concentração”, e a administração Trump impôs sanções direcionadas contra o PCCh em resposta ao que a AP chamou de “genocídio demográfico”.
A China começou a prender uigures em 2017, de acordo com a Human Rights Watch. Existem cerca de 11 milhões de membros da minoria religiosa no país, de acordo com a London School of Economics.
Vários grupos de direitos humanos afirmam que há pelo menos um milhão de detidos nos campos, de acordo com a BBC.