Segurança Pública
Unidades socioeducativas da Fundac são contempladas com projeto literário do CNJ
Duas unidades socioeducativas da Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente “Alice de Almeida” (Fundac) foram contempladas com um projeto piloto que marca os 10 anos da lei que instituiu o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) e os 32 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A ação é uma iniciativa do programa Fazendo Justiça, executado pelo Conselho Nacional de Justiça, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
O projeto, intitulado “Caminhos Literários no Socioeducativo”, busca promover a leitura entre adolescentes nos espaços socioeducativos, e seu lançamento teve transmissão ao vivo e foi aberto à participação de todos. A programação segue ao longo das sextas-feiras do mês com eventos fechados ao público em geral, uma vez que a participação será direcionada para o engajamento de adolescentes que cumprem medida em meio fechado e de profissionais envolvidos no acompanhamento de medidas socioeducativas.
A implantação do projeto piloto do CNJ, contemplou duas unidades socioeducativas da Fundac: o Centro de Atendimento Socioeducativo Rita Gadelha e o Centro Socieducativo Edson Mota – CSE, que participarão de reflexões sobre o direito à leitura e à literatura como ferramenta para o desenvolvimento e qualificação do atendimento socioeducativo.
A programação das atividades do projeto seguirá nas próximas três sextas-feiras do mês de julho, por meio de plataforma digital, onde serão abordados temas culturais, como rimas e poesia, teatro e música. O encerramento do ciclo de atividades contará com a participação de adolescentes/jovens que cumprem medidas judiciais de privação de liberdade em dez unidades socioeducativas do país que vão apresentar os trabalhos desenvolvidos para promoção à literatura, em encontro com a participação do poeta Sérgio Vaz.
Para Flavio Moreira, presidente da Fundac, a leitura é um caminho para libertar a mente. “Por meio dos livros, nossos socioeducandos têm a possibilidade de, mesmo com a liberdade restrita, sentirem-se livres. Essa é a missão da Fundac: socioeducar com humanização”, disse.
Waleska Ramalho, diretora técnica da Fundac, considera que a participação de adolescentes/jovens privados de liberdade na Paraíba, em evento nacional, seja extremamente positivo para a política de socioeducação do Estado. “O projeto do CNJ só contribui com o estímulo à leitura que já vem sendo implantado nas nossas unidades socioeducativas. Ver a Fundac ser contemplada com esse projeto piloto nos faz ter a certeza de que estamos no caminho certo”, concluiu.