AGRICULTURA & PECUÁRIA
Soja: dólar em alta suporta queda de Chicago e sustenta preços no Brasil
Os contratos do grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 13,75 centavos, a US$ 13,69 3/4 por bushel
Os preços da soja oscilaram de forma mista nas principais praças de comercialização do Brasil nesta quarta-feira (5). Apesar da queda de Chicago, o dólar abriu o dia em alta, o que concedeu algum suporte às cotações internas.
No entanto, as cotações seguem abaixo do que os produtores buscam. Foram registrados apenas negócios pontuais para recomposição de caixa. Os produtores devem esperar que o dólar favoreça uma correção após a forte queda dos preços na segunda-feira.
Cotações da soja no mercado interno
Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos subiu de R$ 173,00 para R$ 176,00
Região das Missões: a cotação valorizou de R$ 174,00 para R$ 175,00
Porto de Rio Grande: o preço cresceu de R$ 182,00 para R$ 184,00
Cascavel (PR): o preço foi reduzido de R$ 174,50 para R$ 174,00
Porto de Paranaguá (PR): a saca passou de R$ 181,50 para R$ 181,00
Rondonópolis (MT): a saca subiu de R$ 159,00 para R$ 162,00
Dourados (MS): a cotação cresceu de R$ 165,00 para R$ 170,00
Rio Verde (GO): a saca foi de R$ 163,00 para R$ 162,50
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços em baixa. Após duas sessões de reação técnica, o mercado voltou a sucumbir ao cenário fundamental e às preocupações com uma possível recessão mundial, prejudicando a demanda pela oleaginosa.
Em termos fundamentais, o bom avanço da colheita nos Estados Unidos e do plantio no Brasil exercem pressão sobre as cotações futuras. O mercado ainda sente o impacto negativo dos números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para os estoques trimestrais, divulgados na sexta e que ficaram bem acima do esperado.
Outro ponto baixista para o mercado segue sendo o cenário financeiro. As preocupações com a economia global se renovaram hoje e o clima de aversão ao risco aumentou. O dólar subiu forte frente a outras moedas, tirando competitividade das commodities de exportação dos Estados Unidos, caso da soja.
Contratos futuros
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 13,75 centavos ou 0,99% a US$ 13,69 3/4 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 13,80 1/2 por bushel, com perda de 13,00 centavos de dólar ou 0,93%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 3,00 ou 0,74% a US$ 398,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 65,54 centavos de dólar, com ganho de 0,52 centavo ou 0,79%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,34%, sendo negociado a R$ 5,1870 para venda e a R$ 5,1850 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,1620 e a máxima de R$ 5,2440.