CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Seguro de celular: o que você precisa saber antes de contratar o seu
Serviço fica mais comum à medida em que aumentam os preços dos smartphones. Mercado oferece diversos tipos de cobertura para os vários modelos de celular.
O furto e o roubo de celular são riscos que as pessoas infelizmente enfrentam todos os dias, já que o smartphone é uma ferramenta que anda sempre junto com o usuário aonde quer que ele vá. Por isso, contratar seguro de celular se tornou o desejo de muitos. No Brasil, o serviço é oferecido por várias empresas e algumas opções incluem até mesmo cobertura para quebra acidental do aparelho. Para ajudar o leitor a escolher o melhor seguro, nas linhas a seguir, todos os detalhes que devem ser observados antes de fechar contrato.
Mas vale lembrar que, mesmo com seguro, o usuário precisa tomar medidas importantes para evitar uma dor de cabeça ainda maior – já que existe o perigo dos criminosos acessarem informações pessoais sensíveis. Também preparamos um artigo com tudo que você precisa fazer nesse caso.
1. Para quem é recomendado um seguro de smartphone?
Segundo o advogado securitário Fábio Tolmasquim, do escritório RPZ Advogados. De acordo com o especialista, que tem experiência com seguros de celular, esse tipo de serviço é recomendado para todas as pessoas que possuem um smartphone.
“Como o smartphone está a todo momento em nossas mãos, são cada vez mais frequentes os casos de quedas e quebras e, lamentavelmente, de furto e roubo desses aparelhos. As seguradoras se adaptaram a essa nova realidade e criaram esse tipo de seguro, que tem como principal benefício reduzir os riscos para as mais diversas situações que podem causar prejuízo ao dono do aparelho. Afinal, o custo do seguro é muito menor do que a aquisição de um novo celular”, explica Tolmasquim.
2. Quanto custa o seguro de celular?
O Galaxy S22 teve valores mais altos para a cobertura mais básica, que cobre apenas roubo. Os contratos mais simples custam entre R$ 65 a R$ 79. Já os pacotes mais completos começam em R$ 79 e vão até R$ 122. Cabe lembrar que a maioria dos contratos exige que o consumidor faça o pagamento de uma franquia caso acione o serviço.
É possível contratar seguro para celulares mais baratos. Nesses casos, o valor da mensalidade é reduzido. As coberturas para Moto G20 (Motorola), por exemplo, começam em R$ 15 para indenização apenas em caso de roubo e chega em R$ 27, o que dá direito à recompensa também em caso de furto simples e quebra acidental.
3. Atenção aos detalhes do contrato
Antes de escolher uma apólice, o consumidor deve ler atentamente o contrato. É necessário entender se a cobertura vale para qualquer tipo de furto e se há necessidade de pagar uma franquia para receber o benefício.
O usuário também deve verificar se o contrato cobre todo o valor do telefone. Algumas apólices mais básicas, por exemplo, cobrem 70% do preço do smartphone, exigindo que o cliente opte por um plano mais caro para ter direito ao ressarcimento total do bem.
O especialista consultado destaca algumas orientações. “Recomenda-se que o consumidor se informe sobre os riscos cobertos e sobre os riscos excluídos de cada cobertura antes de contratar o seguro, analisando as diferenças entre as coberturas e certificando-se que todos os riscos que deseja garantir estão compreendidos no seguro”, diz Tomalsquim.
4. Seguro de celular cobre furto simples?
O furto simples acontece quando não é preciso romper qualquer obstáculo para a subtração do bem. Abaixo estão alguns exemplos:
- Se um criminoso puxa o celular do seu bolso na rua sem que você perceba
- Se você deixar o aparelho na mesa de um restaurante enquanto vai ao banheiro e ele é furtado
- Alguém furtou o celular que estava na sua casa ou trabalho
Nem todos os contratos preveem indenização em caso de furto simples. Geralmente é possível adicionar proteção para esse tipo de furto pagando um valor a mais na mensalidade.
Algumas seguradoras prometem cobertura apenas em caso de furto qualificado. Ou seja, quando há sinal de ruptura de algum obstáculo. Um exemplo seria o vidro quebrado do carro, fechadura danificada ou mochila rasgada.
5. Por onde ocorre a contratação?
A contratação pode ser feita diretamente pelo site da seguradora ou por meio de aplicativo. O processo é muito parecido entre as diferentes empresas: basta preencher um formulário com dados pessoais (como endereço e identificação) e escolher o celular que receberá cobertura. O pagamento costuma ocorrer por uma cobrança mensal cartão de crédito. Algumas seguradoras oferecem a opção de pagamento à vista com boleto bancário, o que dá direito a um pequeno desconto.
Vale lembrar que existem empresas no mercado que fazem uma análise do seu perfil e podem não te oferecer opção de contratação, mesmo que você manifeste interesse. Se o usuário tiver um celular comprado no exterior, também é necessário verificar se a cobertura contempla esse tipo de dispositivo.
6. Existe carência?
Todos os principais contratos de seguro para smartphones no Brasil possuem período de carência, que é o tempo mínimo estabelecido pela seguradora para que o serviço possa ser acionado. A maioria deles impõe um período de 30 dias. Em alguns casos mais raros, a carência é de apenas sete dias.
Isso significa que o consumidor não terá direito ao seguro caso algum imprevisto ocorra antes do período de carência, mesmo que ele já tenha realizado algum pagamento pelo serviço.
7. Pode cancelar o seguro?
Fábio Tomalsquim explica que “a maioria das seguradoras oferece a possibilidade de cancelar o seguro quando o segurado [a pessoa que contratou] quiser, sem multas”. No entanto, o especialista faz um alerta: “é recomendado que o consumidor se informe sobre as condições de cancelamento com a sua seguradora antes de emitir o seguro”.
8. O que é preciso fazer em caso de assalto?
Em caso de assalto, a primeira ação que a vítima deve tomar é registrar o boletim de ocorrência (BO), seja presencialmente ou via internet. Durante esse processo, é necessário informar o código IMEI do dispositivo (que pode ser consultado na caixa do produto) para que as autoridades consigam realizar o bloqueio do aparelho. Outro passo fundamental é pedir o bloqueio do SIM junto à operadora.
Com o BO em mãos, o cliente pode entrar em contato com a seguradora. Atualmente, o processo é bem facilitado, dispensando ligações telefônicas e exigindo apenas que o usuário preencha algumas informações e envie foto do boletim de ocorrência. Um dos contratos analisados orienta que o usuário não deve apagar os dados do aparelho antes de solicitar a indenização.
9. Quanto tempo leva para receber a indenização?
A indenização é o pagamento feito pela seguradora ao cliente quando ele aciona o serviço. Em todos os casos, há um período de análise da documentação. Geralmente as empresas informam que o pagamento do benefício é feito em até 30 dias após a solicitação. Por outro lado, a depender da seguradora, o benefício pode cair no mesmo dia do contato com a empresa e envio da documentação.
10. Há cobertura internacional?
Não são todas as apólices de seguro contemplam esse tipo de benefício, já que nem todas as pessoas costumam fazer viagens internacionais com grande frequência. A informação normalmente é uma das primeiras que aparecem no resumo do contrato exibido assim que o usuário faz a cotação do aparelho. Apólices com esse tipo de cobertura tendem a custar mais.