ENTRETENIMENTO
A Casa do Dragão | O que esperar da temporada 2?
A primeira temporada de A Casa do Dragão terminou como todo mundo esperava e, ainda assim, conseguiu ser uma grande surpresa para o público. Sabíamos que a guerra estava prestes a começar e que bastava apenas um único detalhe para os Pretos e os Verdes caírem na porrada pelo direito de governar Westeros — e eis que tudo isso aconteceu.
Isso significa que o futuro promete ser bastante intenso no spin-off de Game of Thrones. Até agora, a nova série da HBO foi uma grande preparação para o que está por vir e focou seus episódios muitos mais em apresentar personagens e seus interesses para deixar claro o tamanho da bronca que está por vir. E, como a última cena deixou mais do que claro, a guerra finalmente chegou.
É a tal Dança dos Dragões que os fãs dos livros conhecem tão bem e que finalmente vai ser apresentada para quem acompanha a história só pelo seriado. E vamos ver não só como a guerra vai dividir a casa Targaryen, mas também como essa disputa familiar vai fazer os Sete Reinos sangrarem — ou arderem em chamas, para ser mais preciso.
Isso significa que a segunda temporada da série vai elevar o nível da ação ao mesmo tempo em que introduz novos personagens, apresenta outros lugares de Westeros e traz de volta conceitos e sobrenomes conhecidos. A parte ruim é que, para tudo isso, será preciso esperar mais um pouco.
Quando estreia a segunda temporada de A Casa do Dragão?
Vamos tirar o dragão da sala e ir direto ao assunto que você com certeza está se perguntando: quando a temporada 2 de A Casa do Dragão estreia? Pois bem, ninguém sabe, nem mesmo a emissora.
O showrunner da série, Ryan Condal, revelou em uma entrevista à Variety que as gravações devem começar somente no início de 2023 e que ainda não foi definido se a ideia é a estreia acontecer ainda no ano que vem ou depois. Contudo, levando em conta todo o processo de filmagem e edição e que vamos ter muito mais dragões em ação e cenas de batalha exigindo da equipe de pós-produção, parece seguro dizer que só vamos voltar a Westeros em 2024.
História conhecida, mas diferente
Ao contrário de Game of Thrones, que começou a adaptar a saga antes de todos os livros serem publicados, A Casa do Dragão conta com a vantagem de ser uma história com começo, meio e fim. Tanto que quem assistiu à série original e guardou todos os nomes e explicações dadas já sabe como tudo aqui vai acabar.
Isso faz com que a nova série seja bem mais previsível em termos de eventos que vão acontecer. Por outro lado, o próprio Condal pontuou que a ideia não é seguir o livro ao pé da letra e que os roteiristas têm liberdade para fazer pequenas alterações, seja adicionando conteúdo original para complementar a trama geral ou alterando alguns eventos-chave para dar outro peso às situações — como aconteceu com a fatídica morte do último episódio.
Para o showrunner, isso acontece porque há um detalhe que diferencia o livro Fogo & Sangue de toda a saga As Crônicas de Gelo e Fogo. Como ele pontua, o material-base de A Casa do Dragão é escrito como se fosse um livro de história feito por mestres sobre a casa Targaryen e que, por isso, nada ali é definitivo, mas uma visão sobre os fatos ocorridos de quem fez o registro.
E por que isso é importante? Isso quer dizer que mesmo quem leu o livro pode se surpreender com o que a segunda temporada pode apresentar. Ainda que os eventos principais sejam os mesmos, é bem provável que vejamos o caminho até lá sendo pavimentado de outra forma — e que foi um dos grandes trunfos desse começo da série.
Dito isso, A Casa do Dragão deve mesmo mostrar a guerra começando de verdade. Aegon II já foi coroado rei e seu avô, Otto Hightower, mobilizou as principais famílias de Westeros para que elas declarassem seu apoio ao herdeiro homem de Viserys. Isso significa nomes grandes, como os já revelados Lannisters, além de outros que vão oficializar seus juramentos.
Em paralelo a isso, Rhaenyra deve intensificar sua resposta. E isso não vai acontecer só na parte diplomática, tentando lembrar as grandes casas de respeitarem os votos que fizeram para Viserys quando ele declarou sua filha como herdeira. Enquanto segue angariando apoio à sua causa, vamos ver a Rainha Preta — como a protagonista passa a ser chamada, em referência à cor dos Targaryen — deve ir para cima de seus inimigos para demonstrar força e desejo por vingança. Ela estar com sangue nos olhos na última cena da temporada deixa isso bem claro.
Então, pode se preparar para ver mais dragões em ação. Em um mundo em que os lagartos voadores ainda estão voando por aí, essas feras são armas de destruição em massa e a quantidade delas ao seu lado é uma ótima forma de intimidar a coagir o adversário — e vai ser nessa estratégia que a protagonista vai seguir.
Tanto que, no último episódio, há um diálogo entre ela e Daemon que sinaliza bastante nesse sentido. O personagem de Matt Smith passa a contabilizar o número de dragões ao seu lado e lembra que há, inclusive, alguns que ainda não foram domados e que podem ser usados para cercar Porto Real e forçar os Verdes — a facção de Aegon e que usa as cores dos Hightower — a desistirem do Trono de Ferro.
O próprio Ryan Condal já sinalizou que esses dragões devem mesmo desempenhar um papel importante na próxima temporada. Não por acaso, Daemon aparece tentando domar Vermithor, o dragão que pertenceu ao Rei Jaehaerys, o monarca que morre no início da temporada.
Quem leu o livro sabe o quanto os dragões vão ser fundamentais na guerra que está por vir. Não por acaso, o conflito passa a ser conhecido como Dança dos Dragões e é algo que vai definir o futuro de Westeros e com impactos até Game of Thrones. Como? Não vamos dar spoilers.
Novos personagens, velhos lugares
Outra novidade que a segunda temporada de A Casa do Dragão deve trazer é uma ampliação do escopo geral da história. Nesses primeiros dez episódios, toda a trama se concentrou em torno do núcleo familiar em torno de Viserys e alternando entre três locais mais significativos: Porto Real, Pedra do Dragão e Derivamarca.
É essa narrativa mais contida, inclusive, que fez com que a série ficasse com essa cara de novela. Contudo, na nova temporada, vamos ver esse conflito se espalhando por todo o reino, o que vai nos levar a visitar outros cantos — e alguns bem conhecidos.
Mais uma vez, o episódio final já antecipou algumas posições importantes. Correrrio vai voltar a aparecer à medida que Verdes e Pretos tentam atrair a lealdade das casas das Terras Fluviais, da mesma forma que parece ser apenas uma questão de tempo para voltarmos a Winterfell.
Falando no Norte, há um personagem importante que já foi citado e que deve ser um dos queridinhos do público na nova temporada: Cregan Stark. Mais uma vez, não vamos dar spoiler do quanto ele vai ser importante dentro da guerra civil — e, acredite, ele vai —, mas saiba que a série vai manter a tradição de nos fazer torcer pelos lobos gigantes, ainda mais quando falarem sobre um tal Pacto de Gelo e Fogo. E pode apostar que a internet vai à loucura já na primeira menção a “O inverno está chegando”.
O showrunner Ryan Condal fez mistério sobre a participação de Cregan na segunda temporada, mas ele já é presença garantida. Até porque o príncipe Jacaerys já foi enviado para lá para garantir que o juramento dos Stark seja mantido. Então, pode ter certeza de que vamos visitar Winterfell muito em breve.