Primeiro medicamento descoberto por inteligência artificial entra em fase final de testes

Inteligência artificial, medicamento real

Vão começar na China e nos EUA os primeiros testes clínicos de Fase II do fármaco INS018_055, uma substância para o tratamento da fibrose pulmonar idiopática (FPI), uma doença pulmonar crônica que resulta em declínio progressivo e irreversível da função pulmonar.

A grande novidade, porém, está na técnica usada para desenvolver esse fármaco: Trata-se do primeiro medicamento desenvolvido inteiramente por inteligência artificial.

A responsável pelo desenvolvimento é a farmacêutica Insilico Medicine, uma das pioneiras na utilização de IA generativa para descoberta e desenvolvimento de medicamentos.

A empresa descreveu pela primeira vez o conceito de usar IA generativa para o design de novas moléculas em um artigo científico em 2016. Em seguida, a empresa desenvolveu e validou várias abordagens e recursos para sua plataforma de IA baseada em rede adversária generativa (GAN) e integrou esses algoritmos em uma plataforma que inclui biologia generativa, química e medicina.

Desde então, já são 12 candidatos pré-clínicos a medicamentos desde 2021, sendo que três deles avançaram para ensaios clínicos em humanos. O INS018_055 é o primeiro a chegar à última fase antes da aprovação.

“Com potencial demonstrado contra fibrose e inflamação, o INS018_055 pode oferecer outra opção para pacientes em todo o mundo,” disse Feng Ren, cientista-chefe da empresa. “A conquista da primeira dose de INS018_055 no ensaio clínico de Fase II não é apenas um passo importante para a Insilico, mas também um marco para a descoberta e desenvolvimento de medicamentos orientados por IA. Juntos, esperamos mais conquistas impulsionadas por IA para suprir necessidades médicas globais não atendidas”.