Internacional
Espanha prende turistas alemães acusados de estupro coletivo
Cinco homens tiveram a prisão preventiva decretada após serem acusados de forçar uma jovem, também da Alemanha, a praticar sexo em um quarto de hotel. Caso ocorreu na ilha de Maiorca, um popular destino de férias
Uma corte da ilha espanhola de Maiorca, popular destino de férias de alemães, decretou neste sábado (15/07) a prisão preventiva de cinco jovens da Alemanha acusados de terem estuprado uma jovem de 18 anos, também da Alemanha.
Os homens acusados têm 20 e 21 anos e foram conduzidos ao tribunal na capital da ilha, Palma. Sua defesa pediu que fossem colocados em liberdade sob pagamento de fiança, mas a demanda foi recusada. Um sexto homem que também havia sido detido foi colocado em liberdade.
Segundo a polícia espanhola afirmou em uma coletiva de imprensa, a suposta vítima conheceu na quinta-feira um homem no Ballermann, região de Maiorca de bares e casas noturnas muito frequentada por jovens alemães. Ela concordou em ir com o homem para seu quarto de hotel, mas sua entrada foi proibida pela recepção pois ela não era hóspede do local.
Os dois foram então para um hotel próximo, onde cinco amigos desse homem estavam hospedados. Mais tarde, quando esses amigos chegaram ao quarto, quatro deles teriam forçado a mulher a praticar atos sexuais, e um dos suspeitos teria filmado o ato com seu telefone celular.
A mulher conseguiu fugir para o banheiro e depois sair do quarto, segundo as autoridades. Ela alertou então a polícia e foi levada a um hospital para ser examinada. Os suspeitos foram presos em seguida.
Uma prisão preventiva pode durar meses na Espanha, e o estupro é condenado com até 12 anos de cadeia.
“Manada alemana”
Na mídia espanhola, os suspeitos foram chamados de manada alemana (matilha alemã), fazendo um paralelo com um estupro coletivo ocorrido na cidade espanhola de Pamplona em 2016. Naquela ocasião, cinco jovens estupraram uma jovem na entrada de uma casa e filmaram o ato, em um caso que ficou conhecido como La manada.
Uma sentença inicialmente branda contra esses homens provocou manifestações em todo o país. Mais tarde, os criminosos foram condenados a 15 anos de prisão pela Suprema Corte espanhola, e a lei sobre crimes sexuais foi alterada.