CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Objeto misterioso em praia na Austrália pode ser lixo espacial
Um possível pedaço de lixo espacial foi encontrado em uma praia próxima da cidade de Jurien Bay, na Austrália. A agência espacial do país está investigando o item e, apesar de sua origem ainda não ter sido confirmada, é possível que ele pertença a algum foguete lançador de outra nação.
O objeto tem formato cilíndrico e foi encontrado por moradores no domigo (16). Depois, a Agência Espacial Australiana publicou fotos dele, que renderam especulações nas redes sociais sobre a possibilidade de se tratar do terceiro estágio do foguete LVM3, que lançou a missão Chandrayaan-3 na última semana.
We are currently making enquiries related to this object located on a beach near Jurien Bay in Western Australia.
— Australian Space Agency (@AusSpaceAgency) July 17, 2023
The object could be from a foreign space launch vehicle and we are liaising with global counterparts who may be able to provide more information.
[More in comments] pic.twitter.com/41cRuhwzZk
Você deve ter percebido que, nas fotos acima, o item parece estar coberto por algas, cracas e outros seres marinhos. Como o lançamento da missão aconteceu recentemente, parece pouco provável que o tempo tenha sido suficiente para estes seres se fixarem ali.
É comum que, após lançamentos espaciais, as operadoras das missões direcionem seus veículos a áreas de baixa densidade populacional, para evitar riscos a pessoas e construções. Por isso, grande parte deles cai nos oceanos.
A área próxima do chamado Ponto Nemo, o lugar mais distante de qualquer terra firme em nosso planeta, costuma ser usada para esta finalidade. Não há ilhas por perto, pouquíssimas embarcações comerciais passam pelo local e a terra firme mais próxima fica a 2.700 km de lá.
Fragmentos de lixo espacial já foram encontrados no território australiano em outras ocasiões. No ano passado, por exemplo, um fazendeiro encontrou parte de uma nave Crew Dragon, da SpaceX, usada na missão Crew-1. Posteriormente, especialistas da agência espacial australiana confirmaram a origem dos fragmentos.