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Carla Zambelli se pronuncia após ação da PF
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) concedeu uma coletiva de imprensa ao vivo nesta quarta-feira (2/8) para falar sobre a Operação 3FA, da Polícia Federal (PF). A ação resultou na prisão de Walter Delgatti, conhecido como o “hacker da Vaza Jato”, e em buscas realizadas em quatro endereços da parlamentar, incluindo seu gabinete oficial na Câmara dos Deputados.
Durante a coletiva, Zambelli informou que a PF apreendeu seu passaporte, dois celulares e um HD. Ela também afirmou que estão tentando envolver o presidente Jair Bolsonaro através dela. A deputada é suspeita de ter solicitado ao hacker que tentasse fraudar as urnas eletrônicas e invadir o email do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O suposto pedido teria ocorrido em setembro de 2022, durante um encontro na Rodovia dos Bandeirantes, em São Paulo.
“A impressão que eu tenho é que estão tentando envolver o presidente Jair Bolsonaro através de mim”, disse a parlamentar.
“Não existe nenhuma, absolutamente nenhuma prova nem nada que tenha sido feito a pedido do presidente”, prosseguiu.
“Eu acho que vocês estão fazendo especulações tentando envolver o presidente em uma situação que é minha. Eu digo o seguinte: se houver qualquer coisa relacionada ao Delgatti, é Carla Zambelli que responde. O presidente Bolsonaro não tem absolutamente nada a ver com isso”, acrescentou..
Contudo, o hacker não conseguiu cumprir nenhuma das missões solicitadas por Zambelli. A única ação realizada foi a falsificação de um mandado de prisão contra Moraes no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o que motivou a operação desta quarta-feira.
A autorização da operação por Moraes se baseou em evidências de pagamentos feitos pelo gabinete de Zambelli diretamente a Delgatti. A deputada, por sua vez, esclareceu que realizou apenas um pagamento de 3.000 reais no mês de novembro, após as eleições, para que o hacker fizesse uma “ligação das redes sociais minhas com o meu site”.