ECONOMIA
Montadoras do Japão veem desafios para manter vendas na China, atingidas por concorrência local
Assim como seus pares ocidentais, as principais montadoras do Japão vêm perdendo terreno há muito tempo na China para marcas locais que lideram o mercado de rápido crescimento de veículos elétricos
As montadoras japonesas estão reformulando suas operações na China após serem atingidas pela concorrência local, em meio a alerta de que os próximos anos determinarão se elas conseguirão se manter à tona no maior mercado automotivo do mundo.
Assim como seus pares ocidentais, as principais montadoras do Japão vêm perdendo terreno há muito tempo na China para marcas locais que lideram o mercado de rápido crescimento de veículos elétricos. As montadoras japonesas estão antecipando cronogramas para novas tecnologias e veículos elétricos para a China.
O chefe financeiro da Honda Motor, Masaharu Hirose, disse na quarta-feira, 9, que a concorrência no mercado chinês de veículos eletrificados está tornando mais difícil para a empresa atingir sua meta anunciada anteriormente, de vender 1,4 milhão de veículos no país este ano. Entretanto, a Honda ainda pretende atingir a meta por meio de medidas como incentivos, afirmou.
Já os negócios da Nissan Motor na China estão “enfrentando grandes desafios”, disse o presidente-executivo Makoto Uchida em um briefing no mês passado. A Nissan disse que espera vender 800 mil veículos na China no ano que termina em março, 330 mil a menos do que havia previsto menos de três meses antes.
A Mitsubishi Motors disse no mês passado que suspendeu a produção em sua joint venture na China, em resposta às vendas fracas.
As montadoras japonesas, como outras marcas de carros estrangeiras, prosperaram na China por décadas, à medida que ultrapassou os EUA para se tornar o maior mercado automotivo do mundo em vendas de veículos. Atualmente, a demanda geral por carros no país atingiu o pico, e a área restante de crescimento – veículos elétricos a bateria e híbridos plug-in – é dominada por fabricantes locais, como a BYD. Fonte: Dow Jones Newswires.