Internacional
Após novos ataques, ONU reforça pedido por proteção de civis na Ucrânia
Bombardeios no sábado também atingiram crianças; coordenadora humanitária das Nações Unidas no país destaca que violência dirigida à população ou aos bens civis são estritamente proibidos pelo direito humanitário internacional e devem parar
A coordenadora humanitária da ONU na Ucrânia, Denise Brown, afirmou ter ficado perturbada com as notícias do ataque em Chernihiv, noroeste do país, no sábado.
O bombardeio teria deixado dezenas de civis mortos e feridos, incluindo crianças.
Mãe e filha de Chernihiv, na Ucrânia, abrem uma caixa com roupas novas, distribuídas pela UNICEF e parceiros na Moldávia.
Ataque abominável
A representante afirmou que o ataque à praça central da cidade, pela manhã, enquanto pessoas passeavam ou iam à igreja para celebrar um dia religioso para muitos ucranianos, é abominável.
Denise Brown voltou a condenar o que chamou que “padrão repetido de ataques russos em áreas populosas da Ucrânia”, causando mortes, destruição em massa e aumentando as necessidades humanitárias.
Ela destaca que os ataques dirigidos contra a população ou bens civis são estritamente proibidos pelo direito humanitário internacional e devem parar.
Destruição do tecido social do país
A diretora regional do Fundo da ONU para Infância para a Europa e Ásia Central, Regina De Dominicis, afirmou que uma criança de seis anos foi morta após o ataque e pelo menos 12 jovens ficaram feridos.
A representante do Unicef afirma que, além da praça da cidade, o “ataque terrível” atingiu um prédio da universidade e um teatro. Para ela, tais ataques marcam as vidas das pessoas afetadas e destroem o tecido do país.
Menina de sete anos abraça brinquedo na fronteira de Medyka, na Polônia, depois de fugir da Ucrânia com sua família.
Regina De Dominicis afirma que este é apenas o último de uma sequência recente de ataques relatados que mataram e feriram crianças em toda a Ucrânia.
Ela avalia que a “matança e mutilação” de crianças foram constantes durante toda a duração desta guerra. Os dados do Unicef apontam que mais de 1,7 mil crianças morreram ou sofreram ferimentos, principalmente devido a bombardeios.
A diretora do Unicef afirma que os ataques devem parar. Ela defende que as crianças sejam protegidas. Ela afirmou que o “país deve ter a chance de paz e suas crianças a chance de um futuro”.
Regina De Domincis pede às partes que protejam os civis e a infraestrutura civil e cumpram as obrigações legais e morais de manter as crianças fora da linha de fogo.