Internacional
Agências defende auxílio prolongado após êxodo de Karabakh
Pessoas que fugiram da área do Cáucaso acolhem líderes de diferentes entidades das Nações Unidas; esforços visam impulsionar assistência aos mais vulneráveis e garantir proteção de pessoas afetadas
Agências das Nações Unidas alertam sobre a necessidade de um apoio multifacetado aos necessitados que deixaram a área de Karabakh, na Armênia, após o êxodo repentino de 100 mil pessoas nos últimos dias.
Para a Organização Internacional para Migrações, OIM, o auxílio deve ser a longo prazo. A agência anunciou nesta quarta-feira a entrega de seis clínicas móveis para apoiar serviços de saúde mental. A interação das equipes no terreno envolve o governo e cidadãos locais.
Pessoas que fogem de Karabakh descansam e recebem ajuda humanitária em Goris, Armênia
Coordenação para resposta
Na região está o chefe do Escritório Regional da Organização Mundial da Saúde, OMS, para a Europa. Hans Kluge sublinhou que é essencial uma maior coordenação da resposta às questões dos afetados.
Ele pediu atenção global no auxílio às necessidades de mulheres e crianças para abordar doenças crônicas. A região recebeu suprimentos para cuidar uma média de 50 mil pacientes crônicos, incluindo infectados pelo HIV.
Outras áreas de intervenção são nutrição e saúde mental. Técnicos da agência atuam no fornecimento de apoio psicossocial aos refugiados com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud.
Mais de 100 mil refugiados chegaram à cidade fronteiriça, Goris, na Armênia
Entrega de artigos essenciais
A presença da representante interina da Agência da ONU para Refugiados, Acnur, na Armênia, foi marcada pelo contato com refugiados.
Natia Natsvlishvili destacou que “por trás de cada número está uma criança, uma mulher, um homem, um idoso, uma família que deixou tudo para trás, precisando de apoio urgente”.
Equipes da agência prestam assistência técnica às autoridades para registrar refugiados, distribuem artigos essenciais além de garantir a monitorização em centros de registo e proteção que são geridos pelo governo.