Internacional
Israel afirma que Hamas mantém 126 reféns em Gaza
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Uma semana após ter sofrido o ataque mais brutal em seu território em cinco décadas, Israel aperta o cerco contra a Faixa de Gaza, enclave controlado pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas. Suas Forças Armadas se preparam para um “ataque integrado e coordenado por ar, mar e terra”.
Neste domingo (15/10), porém, as indicações são de que a operação será adiada, tanto por motivos humanitários quanto por dificuldades técnicas decorrentes do tempo nublado sobre a região Palestina.
Ao todo, mais de 2,3 milhões vivem em condições precárias em Gaza, uma estreita faixa que se estende por cerca de 40 quilômetros ao longo do Mar Mediterrâneo e faz fronteira com Israel ao norte e a leste, e com o Egito ao sul.
A ofensiva das forças israelenses ocorre em reação aos atentados brutais perpetrados pelo Hamas em 7 de outubro, que deixaram mais de 1.300 mortos em cidades fronteiriças israelenses e em um festival de música. Por outro lado, a campanha de retaliação dos militares israelenses já matou mais de 2.300 na Faixa de Gaza.
Acompanhe os principais acontecimentos do conflito entre Israel e o Hamas:
- OMS diz que demora é “sentença de morte” para pacientes em hospitais
- Exército israelense afirma que Hamas mantém 126 reféns
- Liga Árabe: Israel é “máquina de matar”
- Estabelecida zona de exclusão entre Líbano e Israel
- ONU estima 50 mil mulheres grávidas em Gaza
- Mortos dois líderes do Hamas ligados a massacres
- Brasil defende corredores humanitários e insiste em “solução de dois Estados”
OMS diz que demora é “sentença de morte” para pacientes em hospitais
A demora para a chegada de ajuda é uma “sentença de morte” para os pacientes de hospitais palestinos, principalmente aqueles que têm doenças crônicas que devem ter extrema dificuldade para a evacuação a partir do norte de Gaza, afirmou Ahmed Al-Mandhari, diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), à DW.
“Há cerca de 22 hospitais na área [afetada], que abrigam cerca de 2 mil pacientes. Muitos deles estão em ventiladores” ou precisam de suporte 24 horas, como os que fazem “terapia contra o câncer ou diálise renal”, disse Al-Mandhari, acrescentando que os hospitais nas áreas do sul de Gaza – para onde os evacuados foram instruídos por Israel a se mudarem – estão operando com “99,9% da capacidade”.
“Não há leitos de UTI. Não há leitos nas enfermarias. Salas de cirurgia estão funcionando 24 horas com uma grave escassez de suprimentos – incluindo água e eletricidade nas próximas horas. Estamos realmente decretando uma sentença de morte para as pessoas que precisam desses serviços a cada segundo”, complementou.
Al-Mandhari afirmou à DW que espera que haja um acordo “nas próximas horas” para que um avião carregado de ajuda da OMS seja autorizado a pousar em Gaza.