AGRICULTURA & PECUÁRIA
Mercado de trabalho do agro está menor e mais qualificado
Segundo estudo da FGV Agro, avanço da tecnologia e queda da informalidade explicam perda de quase 560 mil postos entre 2016 e 2023
Menor e mais qualificado. Esse é o retrato do mercado de trabalho do agronegócio brasileiro, que registrou uma queda na população ocupada entre 2016 e 2023, à medida que a tecnologia avançou e a informalidade caiu, mostra o novo levantamento do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro ) obtido pelo Valor.
O estudo, que considera dados da agropecuária (dentro da porteira) e da agroindústria, também indica que a remuneração dos trabalhadores do setor evoluiu em escala mais rápida do que nos demais setores da economia como um todo, embora os salários ainda estejam abaixo da média nacional.
Entre o segundo trimestre de 2016, quando começou a série histórica da FGV, e o mesmo período de 2023, o agro perdeu 558 mil postos de trabalho. Isso significa um recuo de 3,9%, para 13,78 milhões de pessoas.
A agropecuária foi a grande responsável por essa redução, com queda de 9,6% no intervalo avaliado, pressionada tanto pela agricultura (-9,7%) quanto pela pecuária (-9,5%).