Internacional
Líder da Assembleia Geral pede calma e retomada do diálogo na Guiné-Bissau
Reação do presidente revela apreensão com situação política e onda de violência por parte das forças nacionais; Dennis Francis pede a todas as partes que reduzam o uso da força e promovam a ordem constitucional, a paz e a estabilidade
O presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Dennis Francis, disse estar profundamente preocupado com a situação política na Guiné-Bissau e a última onda de violência envolvendo forças nacionais.
Na quinta-feira passada, facções do Exército trocaram tiros na capital Bissau na sequência da saída de dois membros do governo que estavam sob custódia.
Ordem constitucional, paz e estabilidade
Agências de notícias informaram ainda que o presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, considerou a situação “uma tentativa de golpe”.
Sede da Assembleia Nacional da Guiné-Bissau
Em nota, o líder do órgão deliberativo da ONU destaca a dissolução da Assembleia Nacional, na segunda-feira, e os relatos de ameaças e atos de intimidação. Ele apela à calma e à retomada do diálogo.
Em pronunciamento lido pela porta-voz, Monica Grayley, em Nova Iorque, Francis pede que “todas as partes atenuem o uso da força e promovam a ordem constitucional, a paz e a estabilidade”.
Televisão da Guiné-Bissau
De acordo com relatos das agências de notícias, o presidente Sissoco Embaló anunciou que ocorrerá em breve a formação do próximo governo e indicou a liderança provisória do Ministério do Interior.
Após a dissolução da Assembleia Nacional, o presidente do órgão legislativo guineense, Domingos Simões Pereira, declarou que o ato era “inconstitucional”, menos de um ano após a composição da Casa.
As agências de notícias destacam ainda que a Rede de Televisão Pública da Guiné-Bissau retomou suas funções esta semana após ter sido cercada por forças de segurança.