ECONOMIA
Bolsas de NY fecham em alta, observando perspectivas para 2024, e Dow Jones renova máxima
No fechamento, o índice Dow Jones subiu 0,68%, a 37.557,92 pontos
As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira, 19, com Dow Jones renovando máxima histórica de fechamento, em mais um pregão atento às perspectivas para a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ao longo do próximo ano. Além disso, enquanto o consenso é de um relaxamento do Fed diante da desaceleração da inflação, analistas destacam ainda o possível efeito que o entusiasmo com a inteligência artificial poderá ter nas ações.
No fechamento, o índice Dow Jones subiu 0,68%, a 37.557,92 pontos, na máxima histórica; o S&P 500 subiu 0,59%, a 4.768,37 pontos; o Nasdaq avançou 0,66%, a 15.003,22 pontos.
O monitoramento do CME Group ainda aponta chance majoritária de corte de juros pelo Fed em março, mesmo com os esforços mais recentes dos formuladores de política americanos de convencer o mercado do contrário.
Nesta terça, o presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, afirmou que a luta contra inflação não acabou, e que vê a alta no nível de preços um pouco mais teimosa do que outros dirigentes estão projetando. Já o dirigente da distrital de Atlanta, Raphael Bostic, não espera que haja urgência na redução dos juros no próximo ano, enfatizando que o Fed deve ser resoluto e paciente enquanto as autoridades avaliam o próximo movimento. Mesmo assim, a Capital Economics disse esperar que o BC americano reduza sua taxa básica em 25 pontos-base em todas as reuniões de 2024 a partir de março.
Para a consultoria, embora o cenário econômico seja provavelmente menos favorável para o mercado de ações nos EUA durante os próximos dois anos do que foi na segunda metade da década de 1990, isso não deve evitar que uma bolha semelhante nos preços das ações inflacione à medida que os investidores procuram lucrar com outra tecnologia transformadora. Sua projeta é de que o S&P 500 atinja 5.500 pontos no final de 2024, e que o índice chegue a 6.500 pontos ao final de 2025, sendo impulsionado pelas perspectivas para a inteligência artificial.
Segundo a Navellier, desde o fim de semana pré-Halloween, os principais índices de mercado subiram 15%. A consultoria avalia que o rali do Papai Noel ainda por vir, este que tradicionalmente cai na última semana de negociação do ano e nos primeiros dias de janeiro. “Podemos ter espaço para crescimento, embora acreditemos como a maioria dos outros observadores do mercado que uma correção está muito atrasada”, aponta.
Já a ação da Boeing teve alta de 1,10%, após a companhia aérea Lufthansa anunciar que vai comprar até 100 aeronaves 737 MAX. É a primeira vez desde 1995 que o grupo encomenda esse modelo de avião.