Judiciário
Nunca temi pela nossa democracia, diz Mendonça sobre 8 de Janeiro
O ministro do Supremo Tribunal Federal André Mendonça disse no documentário sobre o 8 de Janeiro que “nunca” temeu pela democracia do Brasil.
“O que não significa gravidade, o que não significa que isso deve ser aceito, que deve ser tolerado”, disse o ministro. Ele foi indicado ao Supremo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O trailer do filme foi exibido nesta segunda-feira (8) durante a abertura da exposição “Após 8 de Janeiro: Reconstrução, memória e democracia”, promovida pelo STF. O documentário remonta os fatos daquele dia e mostra depoimento dos ministros da Corte.
Em suas falas, os ministros ressaltaram a importância da democracia, o impacto negativo que o 8 de Janeiro teve na história do Brasil e a importância de preservar a memória coletiva.
Eis abaixo o que cada ministro da Corte falou:
- Edson Fachin – disse que o 8 de Janeiro é uma cicatriz histórica que não deve ser esquecida, “porque o futuro poderá ser ainda mais bárbaro”;
- Luiz Fux – afirmou que o maior perigo da repetição do 8 de Janeiro é a “indiferença”;
- André Mendonça – declarou que “nunca” temeu pela democracia, mas que o 8 de Janeiro não deve ser ignorado;
- Alexandre de Moraes – afirmou que a democracia “não está em jogo” e que as instituições saem fortalecidas, porque “deram uma resposta rápida” à violência;
- Cármen Lúcia – falou que o legado do 8 de Janeiro é a certeza de que a democracia resistiu a um “atentado”;
- Roberto Barroso – afirmou que “nenhuma pessoa decente apoiou” os atos do 8 de Janeiro;
- Ricardo Lewandowski (ministro aposentado) – disse que o 8 de Janeiro foi um alerta para que as instituições estejam preparadas para enfrentar esse tipo de situação e que o aprendizado fará com que não se repita;
- Nunes Marques – falou sobre a memória coletiva do 8 de Janeiro: “O sacrifício da recordação significa a opção por não se repetir, por fazer diferente e melhor”, disse;
- Gilmar Mendes – chamou o 8 de Janeiro de “infâmia” e expressou seu desejo de que as marcas sejam “perenizadas”;
- Dias Toffoli – pediu que o 8 de Janeiro não se repita “nunca mais”;
- Rosa Weber (ministra aposentada) – afirma que as invasões precisam ser relembradas para que não se repitam. Ela também guardou um pedaço de mármore e um fragmento de vidro da sede da Corte que foram destruídos durante o 8 de Janeiro.