AGRICULTURA & PECUÁRIA
Produtores de soja vendem, mas acertam preços posteriormente. Veja cotações
Mercado segue à espera do relatório de oferta e demanda, a ser divulgado pelo USDA na próxima quinta-feira
Os negócios com soja no mercado brasileiro seguem pouco volumosos. A modalidade preferida é a “a fixar”, quando os preços são acertados posteriormente.
Algumas praças registraram elevação dos preços, mas o vendedor segue muito retraído. Nos
portos, os preços são desfavoráveis.
A entrada da safra no Brasil tende a pressionar as cotações e os prêmios. Apesar das altas do dólar e de Chicago, os preços domésticos ficaram mistos.
Veja os preços da soja disponível
- Passo Fundo (RS): caiu de R$ 120 para R$ 117
- Região das Missões: baixou de R$ 119,50 para R$ 116,50
- Porto de Rio Grande: recuou de R$ 123 para R$ 122
- Cascavel (PR): subiu de R$ 109 para R$ 111
- Porto de Paranaguá (PR): valorizou de R$ 118 para R$ 120
- Rondonópolis (MT): seguiu em R$ 103
- Dourados (MS): permaneceu em R$ 101
- Rio Verde (GO): se manteve em R$ 101
Bolsa de Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais altos. Em dia de muita volatilidade, o mercado subiu moderadamente por fatores técnicos.
O quadro fundamental, com grande safra sul-americana e fraca demanda nos Estados Unidos, pressiona. Os agentes se posicionam frente ao relatório de fevereiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na quinta (8).
Espera-se que órgão eleve a sua estimativa para estoques finais e para safra de soja norte-americana em 2023/24.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 282 milhões de bushels em 2023/24. Em janeiro, a previsão ficou em 280 milhões de bushels.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2023/24 de 112,9 milhões de toneladas, contra 114,6 milhões de toneladas estimadas em janeiro.
Projeção para colheita brasileira
Para a safra do Brasil, a aposta é de que o número recue de 157 para 153 milhões de toneladas. Para a Argentina, o mercado aposta em número de 50,8 milhões, acima dos 50 milhões indicados em janeiro.
As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 1.426.472 toneladas na semana encerrada no dia 1º de fevereiro, conforme relatório semanal divulgado pelo USDA. Na semana anterior, as inspeções de exportação de soja haviam atingido 913.448 toneladas.
Em igual período do ano passado, o total inspecionado fora de 1.914.633 toneladas.
Contratos futuros da soja
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 7,75 centavos de dólar, ou 0,65%, a US$ 11,96 1/4 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 12,04 3/4 por bushel, com ganho de 6,50 centavos ou 0,54%.
Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com alta de US$ 4,30 ou 1,2% a US$ 361,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 45,33 centavos de dólar, com alta de 0,60 centavo ou 1,34%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,27%, sendo negociado a R$ 4,9811 para venda e a R$ 4,9791 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,9698 e a máxima de R$ 5,0178.