AGRICULTURA & PECUÁRIA
Preços da carne se recuperam e sinalizam mais melhorias no pós-carnaval, diz analista
Ambiente de negócios aponta para encurtamento das escalas de abate, o que pode levar ao maior apetite de compra
O mercado físico do boi gordo registrou preços acomodados ao longo da semana.
Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios aponta para encurtamento das escalas de abate em várias regiões do país, o que pode levar ao maior apetite de compra na retomada das negociações após o feriado de
carnaval.
Para Iglesias, os preços da carne já sinalizaram para recuperação no decorrer desta semana, com espaço para continuidade deste movimento no curto prazo.
“Vale destacar que o pecuarista ainda se depara com boa capacidade para retenção neste momento, cadenciando o ritmo das negociações”, pontua.
Os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do país estavam assim na última sexta-feira o dia 8 de fevereiro:
- São Paulo (Capital): R$ 239,00
- Goiás (Goiânia): R$ 227
- Minas Gerais (Uberaba): R$ 240,00
- Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 231,00
- Mato Grosso (Cuiabá): R$ 211
Boi no atacado
O mercado atacadista apresentou preços fimes para a carne bovina ao longo da semana. O ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade do movimento de alta no decorrer da primeira quinzena do mês, período pautado por maior apelo ao consumo.
A entrada dos salários na economia foi o grande motivador deste movimento, que influenciou positivamente no comportamento de preços de todas as carnes.
De acordo com Iglesias, o quarto traseiro foi precificado a R$ 18,50 por quilo. Enquanto o quarto dianteiro foi cotado a R$ 13,00 por quilo. Ponta de agulha, por sua vez, seguiu cotada a R$ 13,00 por quilo.
Exportações de carne
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 821,784 milhões em janeiro (22 dias úteis), com média diária de US$ 37,353 milhões.
A quantidade total exportada pelo país chegou a 181,690 mil toneladas, com média diária de 8,258 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.523,00.
Em relação a janeiro de 2023, houve alta de 5,9% no valor médio diário da exportação, ganho de 13,4% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 6,6% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).