Saúde
Uma em cada oito pessoas sofre dor crônica após cirurgia estética
O objetivo é ganhar beleza, mas o resultado pode ser ganhar uma dor persistente
Dor em lugar de beleza
Até 10% das pessoas entrevistadas já se submeteu a pelo menos um tratamento ou cirurgia cosmética, o que é um índice elevado mesmo para um país desenvolvido como a Noruega, onde a pesquisa foi feita.
Mas a maior preocupação é outra, e uma preocupação que afetará qualquer país, independentemente da renda: Uma em cada oito pessoas que passaram por uma cirurgia cosmética passaram a sofrer de dor crônica no pós-operatório.
Cerca de 12,5% dos entrevistados sentiram dor pós-operatória crônica, definida como dor persistente que dura mais de três meses – a dor crônica pós-operatória foi aproximadamente cinco vezes mais comum em homens do que em mulheres.
Dois terços das pessoas que sentiram dor tinham entre 18 e 29 anos, enquanto aqueles em outras faixas etárias sentiram muito menos. Três em cada quatro pessoas que sentiram dor procuraram tratamento, sugerindo que os seus efeitos eram debilitantes e incômodos.
Embora as cirurgias estéticas estejam normalmente disponíveis em clínicas privadas, as pessoas que sentem dor pós-operatória têm maior probabilidade de necessitar de cuidados dos sistemas de saúde públicos, podem não conseguir trabalhar e podem sentir uma diminuição da qualidade de vida. Ou seja, o tratamento é privado, mas o prejuízo é público.
“Considerando a crescente aceitação e popularidade das cirurgias estéticas, é vital que os pacientes estejam bem informados sobre possíveis complicações,” disse a Dra Sophia Engel, da Universidade de Oslo. “Além disso, o público deve estar ciente do impacto que a dor crônica após a cirurgia estética tem no sistema de saúde e de bem-estar social.”