AGRICULTURA & PECUÁRIA
CMN autoriza renegociação de dívidas do crédito rural em 17 estados
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, nesta quinta-feira (28), a renegociação de até 100% das parcelas que vencem este ano de operações de crédito rural de investimento relacionadas à produção de soja, milho, leite e carne em diferentes estados brasileiros
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, nesta quinta-feira (28), a renegociação de até 100% das parcelas que vencem este ano de operações de crédito rural de investimento relacionadas à produção de soja, milho, leite e carne em diferentes estados brasileiros
A iniciativa, direcionada a agricultores familiares e empresariais, abrange 17 estados e se aplica a contratos de crédito rural vinculados aos programas de investimento agrícola do BNDES e às linhas de financiamento dos fundos constitucionais.
A decisão do CMN considera as adversidades climáticas que impactaram a produtividade da safra 2023/2024, especialmente na produção de grãos.
Além disso, o conselho reconhece os desafios impostos pela queda nos preços de outras commodities em determinados estados.
Segundo o governo, a medida, sujeita à análise das instituições bancárias, pode beneficiar um grande número produtores rurais.
O impacto financeiro da reestruturação, caso todas as parcelas elegíveis sejam prorrogadas, está estimado em R$ 3,2 bilhões, distribuídos entre 2024 e 2030.
O volume será compensado pelos recursos alocados para equalização de taxas no plano safra 2024/2025.
“Essa medida foi necessária porque, na safra 2023/2024, o comportamento climático nas principais regiões produtoras afetou negativamente algumas lavouras, principalmente de soja e milho, reduzindo a produtividade em localidades específicas das regiões Sul, Centro-Oeste e do estado de São Paulo. Além disso, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), os produtores rurais também têm enfrentado dificuldades com a queda do preço da soja, do milho, da carne e do leite em algumas unidades da federação. Apesar da queda verificada nos preços de alguns insumos agropecuários, os preços desses produtos ainda não voltaram ao patamar histórico, motivo pelo qual os custos de produção têm se mantido elevados em relação aos preços obtidos com a venda dos produtos agrícolas”, diz o governo.