Nacional
A Semana Santa: um tempo de renovação espiritual e fé
Durante a Semana Santa, um período que se inicia de maneira introspectiva e culmina em celebração, somos apresentados à oportunidade única de renovar nossa espiritualidade e fé. Infelizmente, em algumas comunidades cristãs, observamos uma triste realidade: a celebração dos momentos mais significativos tende a cair na monotonia, sem a devida consciência e entrega espiritual. Esta reflexão não se limita a um único dia, mas permeia todo o Calendário Litúrgico, tornando-se especialmente evidente durante as vésperas da Páscoa, o ápice da celebração cristã em todo o mundo.
A Semana Santa, um período contemplativo que começa de forma reflexiva e culmina em alegria, oferece-nos uma oportunidade maravilhosa de renovar nossa conexão espiritual e nossa fé. Antes de celebrarmos a grande vitória sobre o pecado e a morte no Domingo de Páscoa, somos convidados a mergulhar no significado da Sexta-feira Santa, o segundo dia do Tríduo Pascal.
Neste dia, refletimos sobre o supremo sacrifício de Jesus Cristo na cruz, momento em que Ele se entregou totalmente por nós, cumprindo sua missão em obediência ao Pai. Não é um dia de festas ou banquetes, mas sim de jejum e abstinência, marcado por um tom solene e dramático que reflete o profundo mistério deste evento.
O Altar desnudo nos lembra da simplicidade diante do imenso sacrifício realizado por Cristo. Embora palavras sejam insuficientes para expressar plenamente esse mistério, somos convidados a contemplar com reverência e temor a Paixão do Senhor. Às 15h, hora tradicional da morte de Jesus, os cristãos se reúnem em assembleia para venerar a Santa Cruz e lembrar deste evento transformador.
Na Sexta-feira Santa, somos chamados a refletir sobre a absoluta obediência de Cristo ao Pai, que, mesmo sendo Deus, viveu a plenitude da experiência humana. Sua entrega total é um exemplo de amor e salvação para todos nós, convidando-nos a participar desse mesmo sacrifício em nossa jornada espiritual.
Que este dia seja de reflexão, oração e penitência, enquanto nos unimos em gratidão pela suprema demonstração de amor de Cristo em Sua Paixão.
