AGRICULTURA & PECUÁRIA
Safra de milho pode sofrer nova redução
USDA não trouxe grandes surpresas para a safra de milho
O USDA não trouxe grandes surpresas para a safra de milho, porém, a Conab reportou mais uma diminuição para a segunda safra, totalizando cerca de 85 milhões de toneladas, segundo a análise do Grão Direto. Isso representa uma queda de mais de 15% em relação à safrinha anterior, que foi de 102 milhões. Essa redução reflete uma certa cautela da Conab, em relação à produção brasileira, que está sofrendo com problemas climáticos em várias regiões do país.
Sobre a colheita argentina, nos próximos dias, é esperado que a colheita na Argentina continue progredindo, reduzindo o atraso. Atualmente, a colheita está 30% atrasada em relação às últimas cinco safras, com apenas 7% da área colhida na semana passada. Com o avanço da colheita a expectativas de produção estão sendo ajustadas onde, já se estima uma redução de 6,5 milhões de toneladas da projeção inicial, conforme a Bolsa de Rosário.
Já sobre o plantio norte-americano, segundo o USDA, o plantio de milho segue avançando no Corn Belt. O último relatório de Progresso de Lavoura, divulgado no último dia 8, trouxe números de avanço no plantio acima da média dos últimos 5 anos. A presença de poucas chuvas deve manter o ritmo de plantio acelerado, porém, poderá prejudicar o desenvolvimento inicial das lavouras semeadas.
O Brasil está seguindo para o segundo mês consecutivo de quedas consideráveis nas exportações de milho. Se essa tendência persistir, é provável que o país encerre abril com pouco mais de 126 mil toneladas exportadas, marcando o pior desempenho dos últimos seis anos. Isso destaca a preferência do mercado por negociar soja.
Com as projeções da safra brasileira revisadas para baixo, o mercado começa a olhar com mais atenção o potencial produtivo do Brasil. Isso pode desencadear o início de uma reversão de tendência e consolidar um movimento de alta no médio prazo.movimento de alta a médio prazo.