Saúde
O poder do toque: como o contato físico pode beneficiar sua saúde, segundo estudo
O toque físico como carícia, um abraço apertado, uma massagem relaxante ou até mesmo um objeto aconchegante podem fazer muito bem ao nosso corpo e mente. Desde os primeiros dias de vida — quando o sentido do tato é o primeiro a se desenvolver nos bebês – até a idade adulta!
Um estudo recente, publicado na revista Nature Human Behavior, destacou que o toque físico consensual pode ser prazeroso para o conforto físico e mental. Para chegar a este estudo, os especialistas realizaram várias pesquisas relacionadas ao toque, à carícia e massagem, separadamente.
Esses estudos revelaram algo que sempre suspeitamos: o toque não só melhora o nosso humor, mas também é essencial para a nossa saúde. Os pesquisadores analisaram nada menos que 212 artigos e fizeram uma estatística com dados de 85 estudos com adultos e 52 com recém-nascidos. Os resultados foram surpreendentes, mostrando todos os inúmeros benefícios para a saúde física e mental, independente da idade da pessoa.
Outros estudos destacaram que o estresse diário de idosos diminuíram drasticamente após 20 minutos por dia de massagem. Ademais, o contato físico pode ser vantajoso não apenas para aqueles que têm alguma doença, mas também para indivíduos saudáveis.
É curioso que o toque não precisa ser um contato humano, como o da pessoa amada. Um cobertor aconchegante ou qualquer objeto confortável próximo ao corpo pode causar efeitos similares a um abraço.
Do abraço apertado e sincero ao aconchego de um cobertor quentinho em um dia frio, é muito mais do que uma sensação física. É acolhedor.
A recente pandemia do coronavírus aumentou a consciência sobre a importância do toque físico
No início da pandemia, com o distanciamento social, as pessoas ficaram mais resistentes ao contato físico, buscando alternativas para se conectarem ainda mais. Surgiram novas formas de expressar afeto, como abraços virtuais, reuniões familiares e até comprimentos, como o famoso soquinho na mão. Dada a necessidade de manter relações humanas, mesmo à distância, fica claro que nada se compara ao toque.
Mas fazendo uma comparação entre os sexos, as mulheres são verdadeiras apreciadoras do toque, enquanto os homens parecem não se importar muito com isso. Vale lembrar que é apenas uma questão cultural, ok?
Frédéric Michon, pesquisador do Instituto de Neurociências dos Países Baixos e co-autor do estudo, enfatiza a importância da frequência do toque. Ele aponta que uma massagem a cada dois anos não é benéfico — deve ser constante. Afinal, o toque tem o poder de acalmar o sistema nervoso, reduzir a tensão arterial e os níveis de cortisol.
Embora o estudo seja surpreendente, não indica os tipos específicos de toque que podem estar ligados a melhorias na nossa saúde. O que sabemos e sentimos é que o bem-estar diante da responsabilidade do toque físico em consenso é necessário.
*O conteúdo desta matéria tem caráter informativo e supervisionado por um Profissional da Saúde.
**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Informa Paraíba.