Internacional
Em “mega ano eleitoral”, Moçambique aspira eleições pacíficas em outubro
Ministra dos Negócios Estrangeiros fala de condições criadas para realizar os pleitos nos próximos quatro meses; Nações Unidas ressaltam aspiração universal à democracia por eleitores de 64 países que realizam pleitos
Moçambique está a quatro meses da votação que neste ano deverá eleger o novo presidente da República e centenas de membros do Parlamento e das Assembleias Provinciais.
A ministra dos Negócios Estrangeiros, Verónica Macamo, disse à ONU News, em Nova Iorque, que as condições para realizar os pleitos estão todas criadas no país, incluindo em áreas do extremo norte com populações em movimento pela violência esporádica de grupos terroristas.
Cabo Delgado participou num recenseamento
A chefe da diplomacia moçambicana fez as declarações sobre as eleições de 9 de outubro na recente entrevista realizada na sede da ONU, onde em maio liderou atividades da presidência rotativa do Conselho de Segurança.
“Os partidos já se inscreveram e as organizações da sociedade civil também o fizeram, porque está aberta essa possibilidade para quem queira participar. O que nós gostaríamos é que o processo fosse, primeiro, pacífico. Não haver agressão nenhuma e nem verbal. (Existem essas condições com o conflito em Cabo Delgado?) Cabo Delgado participou num recenseamento. Houve uma zona onde o processo não foi realizado em tempo oportuno. Houve uma descontinuidade, mas depois o recenseamento foi feito. Em princípio, todo o país vai participar nas eleições. Não temos motivos para pensar que alguma parte do país, mesmo Cabo Delgado com o terrorismo, não vá participar nas eleições. Participou no recenseamento. Houve essa zona com alguma descontinuidade naquela província, mas um prazo foi dado para recenseamento e este foi feito.”
Aspiração universal à democracia
As Nações Unidas dizem acompanhar com atenção o ano notável pelo grande número de votações pelo mundo.
Para o chamado “mega ano eleitoral”, a organização destacou que tem sido feito um esforço “para, pelo menos formalmente, se reconhecer a aspiração universal à democracia”.
São 64 países que neste ano realizam processos eleitorais envolvendo 2 bilhões de potenciais eleitores, o equivalente a um quarto da população mundial. Nas nações abrigando pleitos eleitorais vive quase metade da população global.