AGRICULTURA & PECUÁRIA
O Monstro oculto na Petrobras durante o governo Lula
Por Roberto Tomé
A política econômica e administrativa do governo Lula tem gerado intensos debates e polarização. Recentemente, o presidente apoiou a taxação de 20% para compras internacionais até 50 dólares e aumentou o abatimento das multas devidas pelas empreiteiras envolvidas no petrolão para 50%. Esses atos contrastam fortemente com a promessa de campanha de Lula de “colocar pobre no orçamento e rico no imposto de renda”. A realidade, segundo críticos, revela um Lula mais alinhado com empresários governistas do que com o povo trabalhador, aumentando impostos sobre os pobres e concedendo descontos a empresários ricos e corruptos.
Outro ponto polêmico foi a publicação de uma medida provisória para socorrer a Amazonas Energia, cobrindo pagamentos devidos às termelétricas compradas pela Âmbar, uma subsidiária da J&F Investimentos, dos irmãos Wesley e Joesley Batista. A ajuda financeira, que será paga pela conta de luz dos consumidores brasileiros, levanta questões éticas, visto que os irmãos Batista confessaram subornar agentes públicos durante gestões petistas anteriores. Essa situação sugere um padrão de apoio de Lula a empresários amigos, como evidenciado pela sua fala na posse da nova presidente da Petrobras.
Desde 2003, Lula vem defendendo a produção interna de sondas e plataformas, argumentando que comprar fora não gera emprego, tecnologia ou salários no Brasil. No entanto, essa política de “comprar dentro” também institucionalizou a propina, conforme revelado pelo ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, em 2015. Essa corrupção endêmica, que atingiu o auge durante as gestões petistas, contrasta com as declarações de Lula sobre patriotismo e desenvolvimento nacional.
Lula frequentemente tenta manipular a narrativa pública, acusando a imprensa de caluniar funcionários da Petrobras. Em um discurso, ele alegou que os funcionários da estatal foram injustamente acusados de corrupção, quando, na verdade, foi o Ministério Público Federal que revelou os esquemas de suborno envolvendo diretores indicados por Lula e seus aliados empresariais, como Odebrecht e OAS. Ao reverter à realidade, Lula acusou a Lava Jato de tentar desmontar a Petrobras em vez de combater a corrupção.
O presidente também enfrentou críticas por conceder descontos a empreiteiras envolvidas no petrolão. Entre as beneficiadas, está a Odebrecht, cuja multa bilionária foi aliviada por decisão de Dias Toffoli, indicado por Lula ao Supremo Tribunal Federal. Essa decisão favorece empresas que financiaram reformas pessoais de Lula, como o triplex do Guarujá e o sítio de Atibaia, levantando dúvidas sobre a verdadeira intenção de combater a corrupção.
As decisões econômicas do governo Lula têm sido duramente criticadas por aumentar o fardo sobre os trabalhadores e beneficiar as elites políticas e econômicas. A manutenção da taxa de juros em 10,50%, apesar dos ataques de Lula a Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, exemplifica a dificuldade de programar políticas que realmente aliviem a carga sobre os pobres.
O “monstro” no ventre da Petrobras, criado durante os governos petistas, representa a corrupção institucionalizada e os privilégios concedidos a aliados políticos e empresariais. Lula, incapaz de se desvencilhar dos esquemas de mensalão e petrolão que garantiram apoio parlamentar, continua a favorecer os amigos do rei, enquanto tenta reescrever a história e manipular a percepção pública. As políticas de taxação dos pobres e alívio de multas a ricos corruptos revelam um governo desconectado das promessas de campanha e mais alinhado com interesses pessoais e de elites econômicas.