Segurança Pública
“Imperiosa necessidade de mais helicópteros, de mais blindados e mais mísseis”: Mesmo com cortes sem cessar, Comandante do Exército escancara verdade a Lula em evento no Quartel-General
O ministro da Defesa José Múcio continua pedindo a Lula mais recursos para as Forças Armadas, enquanto a equipe econômica do governo discute contingenciamento
Novos trechos do discurso de Tomás Paiva, comandante do Exército, foram aparecendo ao longo desta quinta-feira, 22 de agosto.
O general comandou a cerimônia do Dia do Soldado no Quartel-General, em Brasília, ao lado de autoridades como o presidente Lula e os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.
Durante sua fala, Paiva destacou que os militares seguem com espírito perseverante, mesmo diante do corte de gastos realizados este ano e também previstos para o ano que vem.
“Esse espírito perseverante e de doação integral à carreira tem sido mantido incólume, mesmo sob os escritos das restrições orçamentárias que atingem a todos. Apesar disso, não nos descuidamos da imperiosa necessidade de mais helicópteros, de mais blindados e mais mísseis”.
No discurso, o general também pontuou as dificuldades da carreira militar e o enorme sacrifício exigido, como, por exemplo, a constante mudança de cidade.
“Recomeçar suas vidas em locais diferentes, sujeitar cônjuge e filhos a viver longe do afago dos familiares, trocando de amigos e de escola, com pouca possibilidade de acumular patrimônio e com o único privilégio de servir à pátria sem restrições”.
Além de Paiva, Lula e os ministros, participaram da cerimônia o diretor-geral da Polícia Federal Andrei Rodrigues, o procurador-geral da República Paulo Gonet e o ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) Marco Antônio Amaro.
Segundo o jornal O Globo, o ministro da Defesa José Múcio continua pedindo a Lula mais recursos para as Forças Armadas enquanto a equipe econômica do governo discute o contingenciamento do orçamento federal.
Para o próximo ano, a equipe do Ministério da Fazenda avalia cortes na ordem de R$ 25,9 bilhões, somando todos os Ministérios.