AGRICULTURA & PECUÁRIA
Suinocultura independente: com ventos de final de mês, preços ficam estáveis nas principais praças
Perspectiva é de que na semana que vem o movimento de alta nas cotações seja retomado, com a continuidade da oferta enxuta de animais para abate
Com o final do mês de agosto se aproximando, as bolsas de suínos que comercializam os animais no mercado independente, realizadas mantiveram o preço do quilo do suíno estável, com exceção do Paraná, que acumulou leve queda ao longo da semana. Segundo lideranças do setor, a expectativa é que na próxima semana os valores voltem a subir, com as granjas tendo menos animais prontos para abate e a demanda aquecida.
Em São Paulo, o preço ficou estável em R$ 9,07/kg vivo, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).
“O mercado deu uma travada no varejo e no atacado, apesar da boa procura por suínos. O que ocorreu foi que a disputa entre frigorífico e varejo foi mais forte nesta semana, provocando uma paralisação na alta, e por decisão de frigoríficos e suinocultores, ficou decidida a manutenção do preço. A expectativa é de que na próxima quinta-feira (5), haja reajuste positivo nos preços”, disse o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira.
No mercado mineiro, o preço ficou estável, valendo R$ 9,00/kg vivo pela terceira semana consecutiva, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). O preço é sugerido, uma vez que a Bolsa ficou em aberto, sem acordo entre frigoríficos e suinocultores.
“Mercado segue estável, porém firme. Os elementos que nos trouxeram até aqui continuam presentes: exportações, vendas internas e expectativas positivas sobre o futuro”, disse o consultor de mercado da Associação, Alvimar Jalles.
Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal não mudou, ficando com o mesmo valor da semana anterior, R$ 8,49/kg vivo.
“Há sempre uma queda de braço entre suinocultores e frigoríficos. Em Minas Gerais, por exemplo, tentaram pressionar para baixar, mas os produtores não cederam. Eu acredito que na próxima semana já deva ter aumento, com a entrada do novo mês. O mercado segue bastante demandado, o mercado do boi também está mais enxuto de animais, e isso vai intensificando a possibilidade de alta”, destacou o presidente da entidade, Losivanio de Lorenzi.
No estado do Paraná, entre os dias 23/08/2024 a 29/08/2024, o indicador do preço do quilo do suíno vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 2,60%, fechando a semana em R$ 8,25/kg vivo.
