Connect with us

Judiciário

Desvelar o luA depender dos nossos níveis de controle emocional, a demissão pode instilar tristezas e desgostos neuronais semelhantes aos das fases do lutoto, demissão humanizada

Os traumas dos desligamentos e da reestruturação de carreira

Durante aquele papo no cafezinho ou ao pé da bancada de serviço, a troca de informações diante do cheiro peculiar do café ou daquele insumo principal do produto da empresa: na engenharia rodoviária, sentir o odor do CAP ou do impermeabilizante antes da capa asfáltica na estrada; o cheiro da gasolina no posto; e o aroma peculiar das farmácias. Essas coisas criam uma atmosfera imaginável no subconsciente dos interlocutores.

Já quando os clientes externos o reconhecem na rua, no shopping, na igreja, você não está mais sendo anonimamente visto em público. É como se houvessem te implantado um chip associando o seu sobrenome ao nome da sua organização, Fulano da Empresa X. Após décadas pertencendo às rotinas corporativas, o seu crachá fica estampado na sua testa, a ficha do controle patrimonial se estabiliza em suas costas e todos a enxergam sem precisarem ter a visão de raios x das histórias em quadrinho e dos filmes de ficção científica.

Convivendo em empresas e corporações, atuando nas mais diversas atividades e envolvido nos mais variados tipos de relacionamentos, o ser humano sempre acaba criando um vínculo inquebrantável. Roboticamente integrado à linha de produção, uma ligação umbilical ao capital e ao trabalho, o diálogo diário, as inter-relações pessoais, o tamanho da corporação, a quantidade de público interno ou externo que uma pessoa tem contato permanente, isso tudo cria uma ligação emocional inimaginável, uma dependência química que a razão não consegue se desvencilhar.


Etapas nos desligamentos

Tudo isso prende-se a um perfil psicológico inerente ao core business e está intimamente ligado à área de atuação ou ao segmento da corporação.

Se as atividades são fixas em um local, ou se dependem de um tipo de contrato, ou se são itinerantes — como neste caso o qual irei abordar, que é o da área da construção pesada em obras de infraestrutura feitas com o Poder Público —, existe uma série de fatores relacionados ao objeto do contrato, no qual o escopo é propenso a ser atingido por inúmeras modificações ao longo do período de execução.

Desde o início, na assinatura do contrato, há entraves burocráticos junto aos órgãos ambientais (IBAMA, ICMBio, Funai, IPHAM e tantos outros), os quais determinam as fases e os procedimentos para as exigências legais de todos os relatórios de impacto ou de viabilidade (EIA-RIMA etc.). Em muitas das vezes, eles fazem com que o objeto seja abruptamente interrompido ou postergado até a resilição do contrato de execução pelo motivo de ter se tornado inexequível. Depois, surgem as recomendações dos órgãos de controle (TCU, CGU e os TCE/M), que podem paralisar os empreendimentos ou travar os resultados operacionais das empresas contratadas. Além disso, surgem infindáveis problemas de dotação orçamentária (se tem empenho?, se está contemplada nas rubricas?, se consta nos projetos legislativos? etc.), e inclui-se também as inevitáveis e inesperadas ocorrências climáticas, as intempéries e os riscos que impactam negativamente o local dos projetos.

Sabendo disso tudo, nós, funcionários contratados, passávamos a ter uma visão diferenciada sobre as atividades, estando cientes de que sempre estaríamos com os flancos desguarnecidos e que quaisquer mudanças de paradigma poderiam nos afetar, nos atingindo com os petardos da demissão.

Ficávamos sempre atentos, pois sabíamos que os contratos tinham início, meio e fim, e que poderiam ser abruptamente paralisados ou postergados. Não criávamos uma expectativa de estabilidade empregatícia, porque sempre estávamos propensos a sermos incluídos numa lista de downsizing ou do famigerado layoff — o normal dos contratos temporários e das obras públicas, podendo ocorrer a qualquer tempo, já que sempre existiriam os casos fortuitos, fugindo de todos os controles da gestão de riscos.

Sabíamos que um dia tudo poderia acabar ou ser paralisado, e se tivéssemos sorte e um bom network, seríamos realocados em outro projeto. Cada local e cada projeto seriam diferentes, como se fossem uma nova empresa, com novas pessoas. Nunca criaríamos laços psicológicos ou ficaríamos presos a eles. Teoricamente, éramos imunes a nos apaixonarmos pelo contrato e estávamos sempre desapegados.


A tempestade perfeita

No final do ano de 2014, aconteceu aquilo que foi chamado de a “tempestade perfeita”, alcançando em cheio o segmento da infraestrutura brasileira. Todas as grandes empresas do setor foram atingidas diretamente ou indiretamente, muitas acabaram fechando e outras reduziram ao máximo o seu tamanho, restringindo suas áreas de atuação e ficando tão somente com os contratos privados.

No meu caso, não estivemos no olho do furacão, mas como todas, também fomos atingidos por via reflexa. A estrutura à qual eu pertencia ficou apenas com duas pessoas: eu e o motorista. Durante um ano, até que toda a desmobilização ocorresse e que fosse dado baixa nos alvarás e nas demais legalizações de funcionalidade, ficou claro que a minha empregabilidade estava condicionada aos encerramentos e às finalizações dos compromissos existentes nas regiões de nossa competência, ficando por derradeiro a resolução dos passivos.

Ao concluir as obrigações, fazendo e deixando de fazer, foi-me determinado que levasse toda a documentação e os arquivos restantes para a minha casa e lá eu ficasse em regime de home office até que surgisse uma nova diretriz sobre o que fazer com as possíveis demandas da unidade. Pontualmente, sempre surgiam os microproblemas e as questiúnculas jurídicas em diligências e atividades extra-pautas.

Com a desativação do local, não existiam mais o orçamento nem o centro de custo para o débito de despesas. A minha única alternativa foi regressar à minha região de origem, fixando residência na capital do estado e procurando uma nova ambientação, tanto familiar como a de já iniciar a prospecção e conquista de novos horizontes.

O conselho de um amigo

Algum tempo depois, casualmente encontrei um amigo que tinha sido desligado do quadro na primeira leva de demissões, quando houve o grande corte e o fechamento dos postos de trabalho em nossa sede. Ele, um profissional competentíssimo e até então com o mesmo tempo de casa que eu, tinha galgado todos os patamares da pirâmide hierárquica.

Na nossa conversa, relatei-lhe as minhas inquietações e paranoias por ainda estar à disposição em um regime remoto, com todos os alertas, incutidos nas entrelinhas, de que a minha unidade de negócios não existia mais, que todos os meus colegas e superiores tinham sido desligados, e que não havia mais uma expectativa, por mais distante que fosse, de eu ter alguma nova recondução. Lembrei do ditado português “Agora é tarde, Inês é morta”. A rádio-corredor dizia que seria só uma questão de tempo para poder demitir os que ainda restavam.

Mas o meu amigo, muito tranquilo e confiante, irradiava um ar de segurança e otimismo com o seu futuro pessoal e profissional. Surpreso, indaguei-lhe, querendo saber de onde vinha essa sua autoconfiança e esse seu otimismo com o futuro, principalmente ao não demonstrar remorso, rancor ou raiva aparente por ter sido demitido naquela leva. Sorridentemente, ele me narrou a sua desventura depois do desligamento e de quase ter entrado em um espiral de transtornos pós-traumáticos comuns a todos os nossos colegas que haviam sido abruptamente ceifados de seus postos de trabalho após passarem uma vida inteira dentro da organização. Achando-se insubstituíveis, foram pegos de surpresa quando viram secar sua fonte de renda.

Relembramos diversos casos de colegas que no primeiro ano de demissão ficaram doentes e entraram em depressão, alguns ficando em estado grave, outros se entregando ao alcoolismo, e havendo até mesmo casos de ex-colaboradores que foram a óbito. Nisso, fizemos um paralelo com o livro Quem Mexeu no Meu Queijo, que a empresa nos presenteara na época da primeira obtenção da certificação ISO-9000:

É uma parábola simples que revela verdades profundas sobre mudança. É uma história divertida e esclarecedora sobre quatro personagens ― dois ratos e dois humanos do mesmo tamanho dos roedores ― que vivem em um labirinto numa eterna procura pelo queijo que os alimenta e os faz felizes. O queijo é uma metáfora daquilo que se deseja ter na vida, seja um bom emprego, um relacionamento amoroso, dinheiro, saúde ou paz espiritual. O labirinto é o local onde as pessoas procuram por isso: a empresa onde se trabalha, a família ou a comunidade na qual se vive. Nesta história, os personagens se defrontam com mudanças inesperadas. Um deles é bem-sucedido e escreve o que aprendeu com sua experiência entre as paredes do labirinto. Suas palavras ensinam a lidar com a mudança para viver com menos estresse e alcançar mais sucesso no trabalho e na vida pessoal. Escrito para todas as idades, a obra apresenta propostas que podem durar por toda a vida.

Também rememoramos o testemunho de um ex-gerente de um famoso e grande banco brasileiro, membro dos Alcoólicos Anônimos (AA), convidado a dar uma palestra sobre métodos de mitigação do problema do alcoolismo nas empresas, isso ocorrido numa Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT) da qual participamos.

Esse ex-bancário nos contou a sua história profissional, de como tinha entrado como menor aprendiz aos quatorze anos de idade, na época como mensageiro, e depois foi galgando todos os níveis hierárquicos até se tornar gerente geral. Então chegou um momento em que dele foi exigida uma aparência jovial, mas ele já estava com a famosa barriga de chopp, totalmente viciado nas happy hours da turma da agência. Não mais se enquadrando nas novas exigências de marketing interno e externo do banco, sumariamente foi demitido.

Por ser do quadro antigo de técnicos de contabilidade, não tinha ensino superior, e tudo o que lhe fora doutrinado pelo banco, não servia para outros bancos nem se aplicava a outros segmentos empresariais. Sempre achara que nunca seria demitido e que se aposentaria nessa empresa, mas entrou para a triste estatística dos rejeitos humanos da modernidade na era da informação, da reengenharia, do globalismo etc.

Assim, infelizmente, ele entrou em no espiral do luto demissional, com depressão, crise de pânico e déficit de atenção. Como naquela época não havia métodos de tratamento para esses problemas nem se procurava ajuda médica, a solução que ele encontrou foi remediar os persuadidos e frustrados neurônios se embriagando com whisky. Com o decréscimo financeiro, foi descendo de nível até chegar nos famosos copos sujo, o atual corotinho. No fundo do poço, começou a frequentar as reuniões dos AA, recuperou-se e passou a dar testemunhos nas SIPATs de diversas empresas.

Diferentemente daqueles desligados, o meu amigo foi sugestionado a procurar a sua entidade de classe para participar de uma mentoria e também ser incluído em trabalhos voluntários, contribuindo com a sua expertise nos futuros eventos associativos. Nesse seu programa de mentoria, passou por uma reconfiguração mental que o preparou para uma nova etapa de sua vida, resetando todos os arquivos da memória que o vinculavam à sua rotina empregatícia de outrora.

Fiquei maravilhado. Seguindo as suas recomendações, procurei imediatamente essa instituição que ele mencionara e rapidamente me inscrevi no programa de mentoria então indicado.


Mentoria, mentee no programa de mentoring

No primeiro dia, sendo inquirido sobre a minha vida pregressa e a minha situação empregatícia e respondendo a tudo, fui introduzido pelo meu ilustre mentor ao mundo de Carl Gustav Jung e Sigmund Freud. Após os relatos das minhas trilhas de aprendizado e, consequentemente, dos níveis hierárquicos galgados, fazendo paralelo aos de Maslow, ele foi me mostrando todo o arquétipo patológico das doenças originadas por distúrbios pós-traumático organizacionais, notadamente os das pós-demissões. Já no segundo encontro, ele deu uma aula sobre as diversas etapas do dito luto diante da demissão, através do qual a maioria de nós passa a enxergar a nossa labuta diária, diferentemente do apenas ganhar o pão de cada dia, como um outro eu, o eu corporativo.

De acordo com o mentor, o longo tempo que passamos dentro do ambiente laboral cria raízes profundas na pirâmide organizacional. Aí, num belo dia, repentinamente e como num passe de mágica, por motivos quaisquer que fogem do nosso imaginário e da nossa gestão pessoal dos riscos, surge a famigerada reestruturação negocial e forçosamente nos apresentam o assustador bilhete azul para o RH. Quando então somos dispensados de um ofício ou uma ocupação, notadamente após passarmos boa parte das nossas vidas dedicando-nos ao sucesso da empresa e deixando as nossas famílias em segundo plano, essa abrupta ruptura compara-se à perda de um ente querido ou a uma separação litigiosa, sem a guarda dos filhos e com o decréscimo patrimonial.

Alguns homens tentam a resistência pelo machismo e pela vergonha, mas de nada adianta. Esses episódios são muito comuns e fazem parte da peculiaridade de ser humano. Ou seja, isso tudo é normal.

Além disso, ele explicou que não só quem é vítima da demissão pode sofrer desses males. Quem continua no emprego também sofre indiretamente, com a ansiedade e o medo de ser o próximo da lista. No ínterim, o mentor apresentou-me o relatório da Randstad, uma empresa de consultoria de RH, o qual informava que 52% dos funcionários relatavam preocupação com os impactos das incertezas das crises econômicas na esfera trabalhista, e que 37% afirmavam diretamente que estavam temerosos em ficar desempregados. Os dados foram obtidos com mais de 35 mil adultos em 34 países, incluindo o Brasil.

Noutro giro, ele falou sobre um dos artigos científicos mais amplos sobre o tema, o qual revisitou dados de mais de 324 estudos e concluiu que o desempregado adquire o estado psicossomático desgastado, de diversas gradações. Em seus relatos das descobertas ouvidas, aprendi que facilmente um indivíduo com boa saúde tende a adquirir comorbidades numa gradação aumentada em até 83% no primeiro ano após o desligamento do trabalho. Psicólogos e profissionais de saúde afirmam que esses muitos quadros de enfermidade estão umbilicalmente ligados aos níveis de estresse, provocando também hipertensão, artrite e outras doenças cardíacas.

Finalizando a sua fala, o mentor orientou-me sobre a compreensão de cada uma das fases do luto demissional:

  1. Tem-se a negação do ocorrido, “Como isso foi acontecer logo comigo?”.
  2. Depois surgem a ira e a raiva, “Isso não se justifica, por que sou eu e não o outro?”.
  3. Há então a transação e a negociação, “Se eu tivesse uma máquina do tempo e voltasse atrás, fazendo tudo diferente, será que eu ainda seria desligado?”
  1. Logo chega a desesperança, “Como será o meu futuro, terei forças para superar tudo isso? E como vou me recolocar agora? Nunca mais terei uma nova oportunidade profissional”.
  2. E por fim a aquiescência, “É real! Foi comigo, terei de seguir lutando, vou em frente”.

Trafegando pelo método

Distinguir e aceitar a entrada nas etapas do luto é basilar, e para isso propõe-se uma ótica a qual nos recorda de que as etapas não são unidimensionais. O portador da dor pode navegar entre esses diferentes momentos a todo instante. Cada caso é um caso e ninguém é igual a ninguém.

Por outro lado, é mister perceber que essa etapa da vida não é eterna, não dura para sempre. Entender isso, buscar ter um aspecto de melhoria contínua, perceber que tudo passa, que tudo passará!, e que todo fechamento de portas sempre será a sinalização de que, em breve, outra melhor será aberta, é o pontapé inicial para a abertura de novas oportunidades, tanto profissionais, quanto pessoais e familiares.


Observações das etapas do luto

Tempos de crises são cíclicos e a máquina de cortar gastos dizima uma enorme massa produtiva, fazendo com que esses profissionais passem pela peneira dos rejeitos ocupacionais. Durante essas etapas, deve-se refletir sobre as respostas das seguintes indagações:

  • a) Aconteceu, e agora? Qual é o nível e onde me encontro, neste momento, nesta amargura?
  • b) Qual o aprendizado que levarei desta cancha? Ela foi instrutiva?
  • c) Este ocorrido poderá me oferecer alguma conveniência favorável, que me fortaleça emocionalmente e intelectualmente?
  • d) Esta etapa é desafiadora, o que farei para me proteger na adversidade?
  • e) De onde virão o combustível, os insumos e as bases que necessitarei para transitar entre estes percalços e estas etapas difíceis?
  • f) Deste episódio triste posso tirar lições, modificá-lo de um dano para um aglutinador de desenvolvimento intelectual e espiritual, que melhore os meus talentos humanos?

Nas adversidades e em tempos de crises econômicas, é primordial e necessário colocarmos os neurônios em equilíbrio. Com muita calma nessa hora, devemos nos lembrar dos pais da psicologia.

Freud:

— Se quiser poder suportar a vida, fica pronto para aceitar a morte. Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala, falam as pontas dos dedos. Podemos nos defender de um ataque, mas somos indefesos a um elogio! E como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada.

Jung:

— Até que o inconsciente se torne consciente, ele dirigirá sua vida e você chamará de destino. Ao abraçar o processo do luto, trazemos à tona sentimentos inconscientes, permitindo-nos curar e avançar com intenção e propósito. Tudo o que nos irrita nos outros pode nos levar a uma melhor compreensão de nós mesmos. O sofrimento precisa ser superado, e o único meio de superá-lo é suportando-o. Qualquer árvore que queira tocar os céus precisa ter raízes tão profundas a ponto de tocar os infernos.

Penso que essas adversidades ocorrem em todos os cantos do mundo, e não são um privilégio dos eleitos. Então tranquilize-se, pois todos passamos por isso. Numa singela análise, muito embora sejamos a dita mão de obra, somos mente, alma e coração. Ao aceitarmos essa condição de sermos razão e emoção, muito mais do que o mero número de um crachá, ocorre a transformação do paradigma, suavizando os nossos propósitos!

Lembre-se: tiraram apenas a tal plaqueta numérica. O seu acervo intelectual e os seus talentos profissionais jamais alguém poderá tirá-los de você. Como disse William Miranda, “O conhecimento não ocupa espaço, mas expande horizontes”.

Estes aspectos de desligamentos abruptos geralmente tornam-se etapas traumáticas. Não são nada fáceis de engolir. No entanto, isso não é o final dos tempos — muito menos a perda dos nossos ofícios. Temos de fazer desse limão uma limonada!


Existe uma gestão de risco?

Muito embora não tenhamos culpa, é necessário visualizarmos naquilo que seria um mundo ideal, a parcela do nosso encargo em aliviar o dano emocional gerado pela demissão. Nós, Advogados, gestores de talentos e os profissionais de RH, podemos em muito melhorarmos os processos demissionais, e o aviso prévio jamais pode vir de surpresa.

Os gestores devem buscar uma forma de dar transparência às dificuldades empresariais e explicar aos funcionários se a fase é difícil ou desafiadora e o grau de risco do empreendimento. O mínimo a se fazer é informar os colaboradores para que não sejam pegos de surpresa no pior dos casos. Uma organização deve ter canais de abertura com seus empregados para falar sobre as suas dificuldades. Se houver uma proibição informacional nesse sentido, esse tabu indiretamente pode enfraquecer a retenção de talentos, porque existe uma ideia pré-concebida de que aquilo que não foi dito pode afastá-lo, por evidenciar uma debilidade da companhia.

Deve haver também uma cultura permanente de feedbacks, propiciando aos colaboradores a serem demitidos o acesso aos critérios detalhados de sua demissão, e possibilitando que tenham um planejamento de seus próximos passos, por estarem cientes da própria situação. Os gestores sabem de seu encargo e o mínimo que podem fazer é ter aquilo que os líderes de alta performance modernamente chamam de demissão humanizada.

Na antecipação da onda de layoffs, se bem dirigida e com o mínimo de traumas, os eventuais desligamentos ficariam num grau de menor potencial ofensivo e menos amedrontadores, tornando-se mais palatáveis. No entanto, raras são as empresas que buscam técnicas para orientar os PDVs. Embora mitigar esses danos psicológicos seja bonito teoricamente, na prática ainda é um sonho de longo prazo.

Serei desligado, o que fazer?

É imperioso jamais trazer para si a culpa pela demissão e não querer abafar o caso. Não se deve ter o sentimento da autodepreciação e uma baixa autoestima, e é de suma importância traçar objetivos claros, ter um plano nítido, reformular e manter o networking. Vale muito manter boas relações públicas, notadamente com ex-colegas, clientes e até antigos superiores — o que abunda não prejudica.

Estas boas práticas de inter-relações são de extrema validade: participar de quaisquer eventos de entidades de classe, cursos e workshops, inclusive procurando outros tipos de mentees. Mesmo em esferas não relacionadas, é necessário expandir o seu núcleo de contatos. Não espere que algo caia do céu. De onde menos se espera, pode vir uma boa e encorajadora indicação.

Dê tempo ao tempo, não se culpe e não lamente por algo que poderia ter sido díspar. Ao contrário, faça um bom planejamento: o seu desligamento propicia uma conveniência para um repensar fora da caixa na direção do reequilíbrio da sua função. Procure o autodesenvolvimento e o autoconhecimento.


O mentor também me fez refletir sobre o exemplo dos animais, com o livro How Animals Grieve (Como os Animais Ficam de Luto, sem versão em português).

[…] Descobriu que um sistema emocional complexo e profundo, ainda não totalmente compreendido pelos cientistas, integra a personalidade de vários animais, indo muito além dos primatas, elefantes e golfinhos — as estrelas da inteligência entre os bichos. “Cavalos, coelhos e pássaros são muito interessantes. Dependendo da personalidade do indivíduo e do estímulo que eles recebem, podem desenvolver um grau maior de empatia por seres semelhantes”, afirma a pesquisadora. Essa empatia, que pode ser vista na tristeza demonstrada após a morte, está vinculada também à necessidade de alianças dentro de um bando. “Indivíduos dominantes sofrem mais com a morte de outro animal do grupo do que os submissos”, diz o zootecnista e especialista em comportamento animal Alexandre Rossi, apresentador do programa Missão Pet, do canal National Geographic.

[…] Entre animais selvagens, as cenas de luto e tristeza vão desde chimpanzés que observam em silêncio o companheiro morto até elefantes que estendem as trombas a um filhote moribundo. No caso de animais domésticos, as ligações são ainda mais fortes. A empresária Mariana Delbue, de São Paulo, passou por dificuldades com a labrador Luna quando a cadela perdeu a mãe, que sucumbiu a um câncer em fevereiro. “Ela ficou uma semana sem comer direito, quase não bebia água e ficava entrando e saindo da casinha, chorando”, diz. Para ajudar a cadela a superar o luto, a família a deixou dormir dentro de casa e a submeteu a um tratamento com antidepressivos. “Ela parou de chorar e voltou a comer, mas virou a minha sombra, ficou superapegada a mim”, diz Mariana. “O luto deles é diferente do nosso. Pessoas sofrem por estranhos e conseguem canalizar esse sentimento de várias formas”. No entanto, a comprovação de que alguns bichos sentem a perda de seus semelhantes mostra que as emoções não são, definitivamente, exclusividade do ser humano […] — grifos meus.

Numa das minhas indagações, contei a história de um antigo gestor que tinha atuado em megaempreendimentos acima de dois mil funcionários diretos.

Numa determinada época, ele exigiu que apenas atuasse em projetos que distassem num raio de até trezentos quilômetros de sua residência.

O tempo passou-se e infelizmente não surgiu nenhum novo contrato que atendesse ao seu desejo. Inevitavelmente, ele foi adquirindo moléstias psíquicas e melancolias, que se agravaram, fazendo com que passasse a viver em um estado vegetativo constante. Por outro lado, sua esposa, que sempre se mantivera ativa, participava de inúmeros afazeres comunitários e interagia com diversos ambientes, permanece com boa forma física, mental e espiritual, muito conservada para a sua idade.

Diante desse meu relato, o mestre disse que uma pessoa que passa um longo período interagindo, tendo contato e relações diversas numa esfera de atuação, quando se aposenta ou é demitida, imperiosamente terá a necessidade de arrumar uma outra forma de ter esse mesmo quantitativo de interações, voltando a estudar, fazendo cursos, participando da igreja, das associações de bairro e de tantos outros eventos que geralmente necessitam de voluntários.


Saindo dos ensinamentos teóricos, meu mestre passou para o lado prático de desvelar o luto. Embora eu ainda continuasse empregado, ele determinou-me que relacionasse os diversos itens que me ligavam ao meu antigo ofício. O primeiro ritual de desapego foi fazer uma pira, queimando todos os meus cartões de visita corporativo, e depois ele exigiu que eu devolvesse o notebook e o telefone celular corporativo.

Aproveitando os meus MBAs da FGV, ele determinou que eu elaborasse um rigoroso plano de negócios, marketing e finanças, criando a minha própria logomarca e indicando um cronograma de entregas até a conclusão da mentoria. Em cada etapa de entregas, fazíamos as conferências e nos certificávamos de que elas tinham lastro e eram compatíveis com a minha expertise e formação intelectual.

Gradativamente fui concluindo as entregas até o dia em que ele me fez passar por um ritual novo, dessa vez de apego ao meu próprio cartão de visitas e ao novo número do celular. Agora, todas as entregas deveriam estar interrelacionadas com o crivo da minha esposa e do meu filho, que deveriam dar feedbacks por escrito, dirigidos ao mestre, sem que eu tivesse qualquer influência nos respectivos retornos positivos ou negativos.

O meu plano de negócios foi elaborado com uma meta tangível para dois anos de sobrevivência, caso viesse a demissão com o possível recebimento das verbas rescisórias. Finalizei o programa de mentoria recebendo um CD com os relatórios finais:

Por fim, na quinzena seguinte ao recebimento do meu certificado, inesperadamente recebi uma ligação, determinando que eu voltasse ao presencial, desmistificando todas aquelas agruras e possíveis neuroses do enxugamento da máquina.

Assim, felizmente acabei por não ter a necessidade de utilizar esses planos engendrados pelo meu brilhante guru, e ficaram apenas as lições aprendidas, as quais me sinto na obrigação de tentar multiplicá-las repassando esse interessantíssimo conhecimento adquirido.

Continue Reading
Advertisement

Relógio

Instagram Portal Informa Paraíba

Advertisement

Grupo do Portal Informa Paraíba (Facebook)

TWITTER DO PORTAL INFORMA PARAÍBA

Página do Portal Informa Paraíba (Facebook)

Judiciário1 dia ago

STF vai decidir se vantagem funcional instituída por lei complementar municipal pode ser revogada por lei ordinária

Judiciário1 dia ago

Emendas parlamentares: STF suspende pagamento de R$ 4,2 bilhões do orçamento da União, até cumprimento de critérios de transparência

Nacional1 dia ago

O Lula e as moedinhas do espelho d’água: a nova política econômica do Brasil?

Nacional1 dia ago

Mensagem de Natal e Final de Ano do Portal Informa Paraíba

ESTADO1 dia ago

Prazo final de requerer isenção do IPVA para 2025 vai até 31 de dezembro

Saúde1 dia ago

PB Saúde avança na Educação Permanente com realização de mais de 700 cursos de qualificação para profissionais da saúde

ESTADO1 dia ago

PROGRAMA CONVERSA COM O GOVERNADOR

CIDADE1 dia ago

Prefeitura de João Pessoa garante funcionamento de serviços essenciais na véspera e Dia de Natal

Politíca1 dia ago

Recursos destinados por Ruy garantem implantação de serviço de hemodiálise no Hospital Flávio Ribeiro Coutinho

CIÊNCIA & TECNOLOGIA1 dia ago

Top Nine: veja como fazer sua retrospectiva do Instagram 2024

CIDADE2 dias ago

Heron Cid recebe Título de Cidadão de São Vicente do Seridó

Saúde2 dias ago

Central de Transplantes da Paraíba registra 49ª doação de múltiplos órgãos do ano

Saúde2 dias ago

Samu-JP divulga plano operacional para as festas de fim de ano no Busto de Tamandaré 

ESTADO2 dias ago

Fique em Dia com a Cagepa: mais de 75% das negociações são firmadas pelos canais digitais

ECONOMIA2 dias ago

Proposta de Alíquota Mínima de 10% no Imposto de Renda: O que Esperar da Nova Medida?

ECONOMIA2 dias ago

PIS/PASEP 2025: Saiba quem vai receber e entenda o calendário

ECONOMIA2 dias ago

Mitos e verdades sobre a Reforma Tributária que circularam em 2024

ENTRETENIMENTO2 dias ago

Artista do Hip Hop  Paraibano lança vídeoclipe CYBER BLUE e movimenta a cena do rap na cidade de João Pessoa

Esporte2 dias ago

Prefeito Cícero Lucena autoriza construção de piscina olímpica no Centro de Treinamento Ivan Tomaz

Judiciário2 dias ago

Gilmar Mendes reconhece competência do STF para julgar Eduardo Cunha

ENTRETENIMENTO2 dias ago

CUIDADO COM ANIMAIS NA ALTA FLORESTA

Educação & Cultura2 dias ago

DE ESTUDANTE DE PAÍS POBRE A BILIONÁRIO DO DUOLING

Saúde2 dias ago

EXPECTATIVA É ENTREGAR 100 MILHÕES DE DOSES DE VACINA CONTRA DENGUE EM TRÊS ANOS

Internacional2 dias ago

A ISLÂNDIA É O MELHOR PAÍS PARA MULHERES?

CONCURSO E EMPREGO2 dias ago

MELHORA NOS ÍNDICES DE EMPREGO BENEFICIAM PESSOAS ENTRE 50 E 59 ANOS

AGRICULTURA & PECUÁRIA2 dias ago

Arroba de boi gordo: veja como fecharam as cotações hoje

AGRICULTURA & PECUÁRIA2 dias ago

Arroz: leilões de contratos de opção negociam quase 92 mil toneladas

AGRICULTURA & PECUÁRIA2 dias ago

Após estiagem, safra de feijão mostra sinais de recuperação

AGRICULTURA & PECUÁRIA2 dias ago

Sim! Há demanda para toda a soja que o mundo está produzindo na safra 2024/25

AGRICULTURA & PECUÁRIA2 dias ago

Monitoramento Agrícola: Bons volumes de chuva favorecem cultivos de primeira safra

ENTRETENIMENTO9 meses ago

Estes SINAIS mostram que a pessoa te quer, mas FINGE que não está a fim!

ECONOMIA12 meses ago

Calendário do Bolsa Família 2024: saiba quando você vai receber

Judiciário4 semanas ago

Prescrição intercorrente: a aplicação do Decreto nº 20.910 em Estados e Municípios

AGRICULTURA & PECUÁRIA12 meses ago

Com produtor revisando tamanho da safra, 2024 inicia cercado de incertezas para a soja

Internacional12 meses ago

Secretário-geral da ONU condena atos criminosos no Equador

CONCURSO E EMPREGO12 meses ago

Carreiras em Extinção? Veja Quais Podem Sumir

Internacional12 meses ago

Fome já é generalizada em Gaza, alerta ONU

CIDADE12 meses ago

Polêmica em Princesa Isabel: Vereadores aprovam aumento salarial próprio e do Executivo

AGRICULTURA & PECUÁRIA12 meses ago

Número de IGs cresceu 60% em quatro anos no Brasil

Saúde12 meses ago

OS PRINCIPAIS LEGUMES E VERDURAS QUE AJUDAM A PREVENIR DOENÇAS CRÔNICAS

Internacional12 meses ago

Israel quer controlar e fechar fronteira entre Gaza e Egito

Educação & Cultura12 meses ago

Campina Grande entra na disputa e poderá ser escolhida para receber nova Escola de Sargentos do Exército após impasse em Pernambuco

Internacional5 meses ago

Rússia ameaça atacar capitais europeias em retaliação

CIÊNCIA & TECNOLOGIA12 meses ago

Vale a pena usar um gerador de conteúdo para redes sociais?

Internacional12 meses ago

“Perdas, dor e angústia” após ataques aéreos marcam o início do ano na Ucrânia

CIÊNCIA & TECNOLOGIA1 mês ago

ROVER CHINÊS ENCONTRA VESTÍGIOS DE OCEANO EXTINTO EM MARTE

ENTRETENIMENTO7 meses ago

4 sinais que ela não te quer mais (e o que fazer para ter certeza)

Nacional12 meses ago

TCU pede que ministra da Saúde pague R$ 11 milhões a cofres públicos

Judiciário8 meses ago

Juízes comemoram inclusão do Judiciário entre atividades de risco

ENTRETENIMENTO12 meses ago

PASSEIO MOSTRA COMO É UM BORBOLETÁRIO

ENTRETENIMENTO10 meses ago

1º Cabedelo MotoFest: prepare-se para uma explosão de emoções na praia do Jacaré!

CONCURSO E EMPREGO1 mês ago

ESCALA 6X1: DO TIKTOK AO CONGRESSO

ENTRETENIMENTO12 meses ago

HORTÊNSIAS

ENTRETENIMENTO7 meses ago

CRIANDO LAGARTOS EXÓTICOS LEGALMENTE

ENTRETENIMENTO1 mês ago

COMO TRANSPLANTAR ORQUÍDEAS DO VASO PARA A ÁRVORE?

Esporte7 meses ago

Viviane Pereira vence luta de estreia no último Pré-Olímpico de Boxe

ENTRETENIMENTO6 meses ago

CHICO BUARQUE: 80 ANOS DE CRIATIVIDADE

ECONOMIA6 meses ago

PIX TERÁ OPÇÃO DE PAGAMENTO POR APROXIMAÇÃO

ENTRETENIMENTO1 mês ago

AS 9 RARIDADES DO CERRADO

Segurança Pública2 meses ago

Policiais ganham direito após anos de luta: já é possível escolher outro estado para trabalhar

ENTRETENIMENTO2 dias ago

CUIDADO COM ANIMAIS NA ALTA FLORESTA

Educação & Cultura2 dias ago

DE ESTUDANTE DE PAÍS POBRE A BILIONÁRIO DO DUOLING

Saúde2 dias ago

EXPECTATIVA É ENTREGAR 100 MILHÕES DE DOSES DE VACINA CONTRA DENGUE EM TRÊS ANOS

Internacional2 dias ago

A ISLÂNDIA É O MELHOR PAÍS PARA MULHERES?

CONCURSO E EMPREGO2 dias ago

MELHORA NOS ÍNDICES DE EMPREGO BENEFICIAM PESSOAS ENTRE 50 E 59 ANOS

Internacional5 dias ago

COMO A CHINA RESPONDERÁ À POLÍTICA DE TARIFAS DE TRUMP?

CIÊNCIA & TECNOLOGIA5 dias ago

BATERIAS DE CARROS ELÉTRICOS PODEM SER REAPROVEITADAS

Internacional5 dias ago

ISRAEL, RÚSSIA, EUA: QUEM GANHA COM A QUEDA DE ASSAD?

ECONOMIA5 dias ago

COMO CALCULAR O PREÇO DE VENDA DE PRODUTO E SERVIÇO CORRETAMENTE?

Segurança Pública5 dias ago

DRONES COM SENSORES DE CALOR VIRAM ALIADOS DO CORPO DE BOMBEIROS

ENTRETENIMENTO1 semana ago

CAVERNA DO DRAGÃO: O EPISÓDIO PERDIDO

AGRICULTURA & PECUÁRIA2 semanas ago

PROJETO INSTALA COLMEIAS EM ALDEIAS INDÍGENAS

Internacional2 semanas ago

GELO DO ÁRTICO PODE DERRETER BEM ANTES DO QUE IMAGINÁVAMOS

AGRICULTURA & PECUÁRIA2 semanas ago

BRASIL É RESPONSÁVEL POR MAIS DE 35% DA PRODUÇÃO GLOBAL DE SOJA

AGRICULTURA & PECUÁRIA3 semanas ago

SOJA: PROTOCOLO DE SEMENTES PRETENDE GARANTIR EXCELÊNCIA DO SETOR

Educação & Cultura3 semanas ago

CURSOS GRATUITOS ONLINE DO SEBRAE COM CERTIFICADO

CIÊNCIA & TECNOLOGIA3 semanas ago

ESTUDO COMPROVA VIABILIDADE ECONÔMICA DE BIOFÁBRICA

CIÊNCIA & TECNOLOGIA3 semanas ago

TURBINA EÓLICA INTELIGENTE CAPTURA ENERGIA EM AMBIENTES URBANOS

Internacional3 semanas ago

MERCOSUL E UE SELAM ACORDO APÓS 25 ANOS DE NEGOCIAÇÕES

ENTRETENIMENTO3 semanas ago

POR QUE O PASTOR ALEMÃO É O ESCOLHIDO PARA TAREFAS DE SEGURANÇA?

CIÊNCIA & TECNOLOGIA3 semanas ago

IA PODE IDENTIFICAR SINAIS DE ALZHEIMER NA FALA

ENTRETENIMENTO3 semanas ago

OS SEGREDOS DOS CABOCLINHOS QUE MIGRAM

Saúde3 semanas ago

QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS ENTRE HIV E AIDS?

Saúde3 semanas ago

BEBER ÁGUA NA MEDIDA CERTA AJUDA A CONTROLAR PESO, PRESSÃO ARTERIAL E DIABETES

CIÊNCIA & TECNOLOGIA3 semanas ago

CACHORRO ROBÔ TOMARÁ CONTA DAS FAZENDAS NO FUTURO

Saúde3 semanas ago

COMER PIMENTA AJUDA A PREVENIR AVC E DOENÇAS CARDÍACAS

Saúde3 semanas ago

ESPECIALISTAS ALERTAM PARA PERIGOS DA COMIDA ULTRAPROCESSADA

ECONOMIA3 semanas ago

ECONOMIA CIRCULAR (PARTE II)

ENTRETENIMENTO3 semanas ago

PASSO A PASSO PARA TER PLANTAS DE FLOR EM CASA OU NO JARDIM

Educação & Cultura3 semanas ago

PROJETO NO NORDESTE ATUA NA RECUPERAÇÃO DE CORAIS

Advertisement
Advertisement

Vejam também

Somos o Portal Informa Paraíba, uma empresa de marketing e portal de informações que oferece um noticioso com assuntos diversos. Nosso objetivo é fornecer conteúdo relevante e atualizado para nossos leitores, mantendo-os informados sobre os acontecimentos mais importantes. Nossa equipe é composta por profissionais experientes e apaixonados por comunicação, que trabalham incansavelmente para oferecer um serviço de qualidade. Além disso, estamos sempre em busca de novas formas de melhorar e inovar, para podermos atender às necessidades e expectativas de nossos clientes. Seja bem-vindo ao nosso mundo de informações e descubra tudo o que o Portal Informa Paraíba tem a oferecer. Fiquem bem informados acessando o Portal Informa Paraíba: www.informaparaiba.com.br